São Paulo - O Corinthians já está preparado para evitar, e empurrar para o rival, os cartões nas semifinais do Torneio Rio-São Paulo, contra o São Caetano.
O estranho regulamento da competição prevê como um dos critérios de desempate o menor número de cartões recebidos (por exemplo: Corinthians e São Caetano empatam os dois jogos, mas o Timão fica com a vaga na final porque recebeu um cartão amarelo a menos).
A regra está fazendo os jogadores pensarem duas vezes antes de cometerem faltas mais duras. “Temos que tomar cuidado. Por causa deste regulamento estranho temos que evitar jogadas mais bruscas”, analisa o atacante Gil, que, com suas jogadas individuais, pretende deixar o adversário “pendurado” de cartões.
“Vou partir para cima dos adversários e tentar forçar o cartão também”, diz Gil.
O lateral-esquerdo Kleber tem uma estratégia diferente, mais sutil, para forçar o cartão no oponente. “Falando algumas coisas no ouvido do cara. Aquilo que ele não gosta de ouvir. Às vezes, também tocando bola para irritar o time adversário”, ensina Kleber.
O retrospecto dos cartões recebidos pelo Timão na primeira fase do Rio-São Paulo é o melhor entre os quatro semifinalistas. O Timão recebeu um vermelho e 27 amarelos. O Palmeiras também recebeu um vermelho, mas 41 amarelos, o São Caetano três vermelhos e 31 amarelos e o São Paulo, o pior de todos, oito vermelhos e 45 amarelos.
“A filosofia de jogo do Parreira é essa: respeitar os adversários”, afirma o zagueiro Fábio Luciano.
O volante Fabrício, por outro lado, comenta que não entra em campo pensando nos cartões. “Quando vou a campo não penso em cartão. Às vezes, nem lembro se estou pendurado”, afirma.