Belo Horizonte - O lateral-esquerdo Sorín, do Cruzeiro, afirmou nesta quarta-feira estar sofrendo bastante pela crise política, econômica e social vivida pela Argentina.
“Sofro pelo meu país. Em meio a essa situação complicada que vive o povo argentino, venho procurando apoiar meus familiares e amigos. Gostaria que a situação fosse outra”, disse Sorín.
O lateral cruzeirense disse que o povo argentino está muito decepcionado com os políticos do país. “O povo confiou muito neles, mas o fato é que eles fizeram coisas erradas, foram incapazes e roubaram muito. Ajeitaram a vida deles e deixaram o povo nesta situação, com um vazio grande no país. Isso nos deixa com muita raiva”, afirmou o jogador.
Para Sorín, a Argentina tinha tudo para ter uma economia forte: “A Argentina tem de tudo. Matéria-prima de sobra e um turismo forte. Poderíamos estar exportando bem nossos produtos, mas, com a crise, nossa produção caiu e as coisas se complicaram”, avaliou, se arriscando como "economista".
Sorín não pensa em levar alguns familiares para a Itália, país em que vai morar a partir do segundo semestre, quando passará a ser jogador da Lazio, clube para o qual foi vendido por US$ 9,5milhões.
“Não posso mudar a vida das pessoas. Sou jogador de futebol, mas meus pais possuem carreiras diferentes e gostam de morar na Argentina, mesmo com toda essa crise.”
O lateral disse ainda que a seleção argentina e os demais esportistas do país viraram uma válvula de escape para o povo, que passou a se realizar através do sucesso deles. “Vamos para a Copa com o objetivo de conquistá-la para amenizar, de alguma forma, o sofrimento do povo. Mas, não será o futebol ou outro esporte que irá acabar com a crise. Este é um outro problema”, observou.