Conhecido pela discrição na execução de seu trabalho, Vicente Del Bosque, aos poucos, implantou seu estilo no comando da Espanha. Seu maior mérito foi fazer a transição de seus métodos gradualmente, em relação ao treinador anterior, Luís Aragonés. Ex-volante da seleção espanhola na década de 70, teve passagem destacada pelo Real Madrid, que defendeu entre 1970 e 1984. Ainda pelo clube da capital espanhola, começou a carreira de técnico pelo time B, até ser usado como “tapa-buracos” em algumas oportunidades de troca de treinadores.
A efetivação veio em 1999, permanecendo no cargo por quatro anos. Dispensado após a conquista do 29º Campeonato Espanhol da história do Real, o presidente do clube, Florentino Perez alegou que mesmo em tempos de glórias era preciso mudar. Procurava por um técnico com mais “ênfase em táticas, estratégias e preparação física”. O técnico do último grande ciclo de conquistas do clube (duas Ligas dos Campeões, dois campeonatos nacionais e um Mundial Interclubes) não servia mais. Após passagem sem brilho pelo Besiktas, o treinador espanhol estava “esquecido” até ser chamado para substituir Luís Aragonés, de saída após a conquista da Euro. Nos 32 jogos sob seu comando, a Espanha tem aproveitamento espantoso de 30 vitórias e duas derrotas, com aproveitamento superior a 90%.
Se a equipe que conquistou a Europa era boa, a comandada por Del Bosque era ainda melhor. Por suas mãos, a seleção consolidou o miolo de zaga do Barcelona na equipe: o entrosamento entre Puyol e Piqué deu mais consistência à defesa, que manteve Sérgio Ramos e Capdevilla nas laterais. Substituiu a experiência de Marcos Senna na cabeça de área pela juventude de Busquets – uma troca descrita por ele como “dolorosa”, já que ele é admirador de seu futebol, reforçando o setor de marcação com o eficiente Xabi Alonso. Alimentados pela versatilidade e entrosamento da dupla formada por Iniesta e Xavi, manteve Fernando Torres e Villa como atacantes, com o primeiro perdendo lugar entre os titulares apenas na reta final da Copa, enquanto o segundo seguia marcando gols importantes. Para a Copa, apostou em peças para rejuvenescer o elenco como Jesus Navas, Mata e Pedro Rodríguez.
Nome: Vicente del Bosque González
Cargo: Treinador
Data de nascimento: 23/12/1950
Local de nascimento: Salamanca, Espanha
2010 – Copa do Mundo - Espanha
1999/00 e 2001/02 – Liga dos Campeões – Real Madrid
2002 – Mundial Interclubes – Real Madrid
2000/01 e 2002/03 – Campeonato Espanhol – Real Madrid
2002 – Supercopa da Uefa - Real Madrid
2001 – Supercopa da Espanha - Real Madrid
Real Madrid e Besiktas