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Atlanta - 1996
Bomba e mulher de um centenário. O que era para ser uma festa dos 100 anos dos Jogos Olímpicos modernos acabou sendo resumido em uma bomba. Tudo ia bem em Atlanta até uma bomba estourar no meio da multidão, que assistia a um show musical, no parque Centenário, no centro da cidade, no dia 27. Na ocasião, duas pessoas _a dona-de-casa norte-americana Alice Hawthorme e do cinegrafista turco Milih Uzunyol _ morreram e mais 111 feridos.
Um atentado terrorista não acontecia desde 1972, em Munique, com o atentado que ficou conhecido como 'Setembro Negro'. Para piorar, o trânsito complicado e meios de transporte congestionados e a demora na divulgação de resultados ajudaram a bagunçar e atrapalhar a Olimpíada.
O dinheiro que circulou em toda a Olimpíada também atingiu números impressionantes, batendo de frente com a teoria de 1896, quando só amadores entravam no evento. O investimento calculado foi de US$ 4 bilhões. E, mesmo assim, a organização dos Jogos chegou a ameaçar de tirar o ouro da nadadora Cláudia
Poll, que ganhou nos 200 m livre, porque disputou a prova com uma toca com um logotipo da
Pepsi. Detalhe: Atlanta é a cidade natal da concorrente Coca-Cola. Por conta disto, a inglesa Anna Wilson fez uma tatuagem da
Reebok, ganhando novos adeptos até nos Jogos Pan-Americanos de 99, em Winnipeg, e outros grandes eventos.
As mulheres acabaram sendo o principal destaque dos Jogos. Pela primeira vez, passou o número de 3 mil inscritas, um número surpreendente para quem há 100 anos nem poderia chegar perto de uma das medalha.
Uma delas a francesa _Marie-José
Perec_, inclusive, fez uma das façanhas mais complicadas do esporte. Ganhou a prova dos 200m e 400m do atletismo. Mesma coisa fez o norte-americano Michael Johnson. Outras duas a brilharem foram a sul-africana Penny
Heins, que ganhou o primeiro ouro do seu país depois de 1952, e a irlandesa Michelle Smith, ouro nos 400m medley, 400m livre e 200m medley, e bronze nos 200m borboleta. Por conta disto, chegou a entrar em suspeita de usar doping.
O doping, aliás, foi sombra dos Jogos assim como a bomba. Milhares de exames foram realizados
A Olimpíada ainda serviu para o mundo ver o norte-americano Carl Lewi se aposentado depois de conquistar sua 9ª medalha de ouro nos Jogos e ainda ver os Estados Unidos tendo que pegar o furacão canadense Donovan
Bailey, que ganhou o ouro nos 100 m com recorde mundial (9s84) e nos 4 x 100m.
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