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HISTÓRIA

Jogos de Seul
 
Países 159
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Esportes 23
Homens 6.279
Mulheres 2.186
Brasil 139 homens e 35 mulheres
Seul - 1988

  Um novo mito surgia para o mundo. O homem mais rápido do mundo aparecia ganhando justamente na final do lendário norte-americano Carl Lewis. Ben Johnson quebrara o recorde mundial espantando o mundo de alegria. Uma alegria efêmera. Horas depois, após o exame antidoping, foi descoberta o uso de anabolizantes pelo canadense, o que acabou abrindo uma série crise no esporte mundial, onde todos os campeões ficaram sob suspeita e várias reportagens sobre o assunto foram publicadas.

A Coréia, historicamente, sempre padeceu com as invasões de outros países. Se no passado repelia as incursões dos estrangeiros, na Olimpíada de Seul, em 1988, abriu os braços para os visitantes de todo o planeta. A mobilização para o evento não envolveu somente a cidade sede. Toda a Coréia do Sul, no auge do seu milagre econômico, trabalhou na construção do sucesso. Os Jogos Olímpicos consumiram US$ 3 bilhões, além de mais US$ 1,5 bilhão aplicados em obras de melhoramento de Seul. O país queria comprovar sua capacidade de ascender ao time dos desenvolvidos, embora fosse classificado de terceiro mundo.

O governo e a população achavam que era a oportunidade ideal de exibirem seus méritos numa vitrina mundial. Da mesma forma que o Japão, outra nação oriental, fez nas Olimpíadas de Tóquio, em 1964, quando entrou definitivamente para o grupo das maiores potências.

Os sul-coreanos tinham um autêntico orgulho do progresso rápido e radical. Em aproximadamente 230 anos, abandonaram um passado agrário e miserável para gozarem um presente industrializado _embora parte da população ainda vivesse em condições precárias. O país, que outrora baseava sua economia no plantio de arroz, passou a competir com os Estados Unidos e o Japão na fabricação de carros, navios, computadores e todos os tipos imagináveis de aparelhos eletrônicos.

A escolha de Seul para sediar a Olimpíada ocorreu em 1981. Desde então, a Coréia do Norte reivindicava a condição de co-patrocinadora. Alegava que ambas formavam uma nação única. Desde a Guerra da Coréia (1950 a 1953), o país ficou dividido, sendo o sul de inspiração capitalista. O governo da metade setentrional, comunista, ameaçava liderar um boicote dos países socialistas. O Comitê Olímpico Internacional reconheceu a Coréia do Sul como a única sede e lutou por um acordo, mas não conseguiu. Os atletas de norte boicotaram a competição.

Para a Olimpíada, o Rio Han, que rodeia a cidade, passou por um processo de despoluição. A parte velha da capital sul-coreana foi remodelada e vários edifícios novos surgiram, como 15 hotéis. Nos anos de preparativos, o governo realizou uma rígida vistoria nos restaurantes. Os que ostentassem o símbolo do evento na fachada eram recomendados pelas autoridades. O governo ainda estimulou taxistas, policiais e lojistas a aprenderem inglês e outros idiomas. Para a população de 10 milhões de habitantes, pediam que mantivesse as ruas limpas. O país apresentava a vantagem de ter sediado os Jogos Asiáticos, em 1986. A grande maioria das instalações, incluindo 32 estádios, estava concluída e testada.

Na abertura, em 17 de setembro, se apresentaram grupos de danças de todos os países onde ocorreram Jogos Olímpicos, da Espanha onde seria o próximo evento_ e de outros seis países representando os continentes, entre eles o Brasil.

Os pombos brancos libertados na festa foram importados. Entraram em cena no Estádio Olímpico figuras como a "mãe do céu", ninfas e dançarinos extraterrestres. O que mais impressionou o público foi uma chuva de pára-quedistas. A descida do céu de vários homens vestindo macacões coloridos é, até hoje, junto com o jogo de cartelas coloridas na abertura da Olimpíada de Moscou, uma das imagens mais fortes de todos os eventos. Ainda na cerimônia inicial, atletas locais demonstraram a sincronia do taekondo. O mascote, chamado Hodori, representava o tigre, personagem que aparece freqüentemente nas lendas coreanas não como um animal feroz, mas como amigo do homem.

O grande número de atletas preocupou a organização que, para evitar uma cerimônia interminável, chegou a sugerir às maiores delegações deixar dois terços dos atletas fora do desfile. A idéia causou tanta polêmica que acabou esquecida. O desfile é o único momento em que todos os competidores estão em condições de igualdade. Durante as provas, destacam-se apenas os melhores. No encerramento, 2 de outubro, houve uma cerimônia de exorcismo xamanista e uma exibição de raios laser. Mulheres coreanas vestidas de branco entregaram velas para mulheres espanholas vestidas de preto, simbolizando a mudança de sede da Olimpíada.

* O panorama da Guerra Fria tem seus dias contados com a ascensão de Gorbachev (1985-1991) na União Soviética. A Perestroika e a Glasnost, por ele implementadas, incentivam a restruturação social e a democratização interna naquele país. Gorbachev se notabiliza por corajosa política externa. Através de ações unilaterais, força o presidente norte-americano, Ronald Reagan, ao desarmamento nuclear e ao distensionamento das relações políticas entre as duas superpotências. O principal acordo formalizado entre União Soviética e Estados Unidos - tratado de INF - prevê a eliminação das armas nucleares de alcance intermediário (1987).

* O Leste europeu atravessa uma fase de transformações. Na Polônia, o Solidariedade pressiona para ter o funcionamento autorizado, desde que foi proscrito pela imposição da Lei Marcial, em 1981.

* Termina guerra entre Irã e Iraque.

* Os Estados Unidos bombardeiam a Líbia (1986).

* Na África do Sul, é declarado o Estado de Emergência (1985) como resposta do governo à inquietação civil

* No Líbano, continua a guerra civil, com a retirada do exército israelense para o Sul.

* Em Israel, agravam-se os conflitos entre palestinos e israelenses, com o prosseguimento da chamada Intifada, revolução palestina.

* Na Ucrânia, acontece o primeiro grande desastre nuclear com reator de energia, em Chernobyl.

* No Brasil, o país reencontra a democracia com a eleição indireta do presidente Tancredo Neves, que morre antes de tomar posse. José Sarney assume como presidente e convoca a Assembléia Nacional Constituinte. O Uruguai dá continuidade a processo de abertura semelhante.

* Outra ditadura que chega ao final é a de Ferdinand Marcos, nas Filipinas (1986). A sucessora é Corazón Aquino.

* No Paquistão, o general Zia Ul-Hak desbloqueia o processo eleitoral que resulta na vitória da oposicionista Benazir Butto (1988). Butto restabelece as leis civis no país.

 
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