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Civilization II
Se você acha SimCity legal, vai adorar este jogo. Civilization
II é um jogo de estratégia no qual você deve construir uma civilização,
protegê-la dos inimigos e conquistar a propriedade alheia. O objetivo?
Ora, conquistar o mundo, Pinky.
Você começa belo e formoso no meio do nada, com um mísero
peão de obra. Tudo é um pouco confuso na primeira vez. Você fica meio
perdido lá, com seu panga e nenhuma barra de ferramentas para ajudar.
Aí você grita por socorro esperando ajuda. Então, milagrosamente, os deuses
mandam uma espécie de tutorial que se desenvolve durante o jogo, ensinando
coisas como construir uma cidade ou formar um exército.
Depois de um tempo com o jogo na sua frente, você começa
a se acostumar com ele, depois a gostar e, quando você menos espera, já
passou uma porção de horas em frente ao Mac até finalmente dominar o mundo
ou ser destruído por uma civilização inimiga. Mas ser dono de um império
não é tão fácil assim. Você também sofre com cidadãos revoltados que não
gostam do seu governo tão promissor, por mais que você cumpra todas as
promessas feitas em campanha.
Campanha? Que campanha? Bom, isso depende do tipo de governo
que você implantar, que pode ir desde uma monarquia pura e simples até
a complicada democracia. O tempo vai passando e o seu povo vai desenvolvendo
técnicas, como a arte da escrita, a pólvora etc. Com isso, você pode negociar
com os inimigos quando eles são mais fortes, oferecendo, em troca da paz,
conhecimentos ou ouro.
O grande atrativo da nova versão em relação à primeira
é o jogo multiplayer. O problema é que, jogado em rede, Civilization se
torna muito cansativo. Quando você joga sozinho não existe a rodada, característica
de qualquer jogo em grupo. Agora imagine sete jogadores (o limite máximo),
todos com grandes cidades coalhadas de habitantes. Se cada jogador tiver
vinte homens se movimentando por rodada e demorar dez segundos para mexer
cada um, você vai ter que esperar quase 24 minutos (7 x 20 x 10 = 1400
segundos) para jogar novamente. Dá até para dar uma corridinha em volta
do quarteirão. Ou ir jogar PlayStation na TV da sala.
Guerras, conquistas, negócios, cidades, mais cidades...
até que chega um ponto em que enche o saco, uma síndrome idêntica à sofrida
quando se joga SimCity. Depois de um tempo, aquela cidade cansa e você
vai enjoando do jogo, até não querer mais saber dele. Mas, depois de um
certo tempo, dá aquela vontade imensa de conquistar o mundo e você começa
tudo de novo. E assim caminha a humanidade.
Octávio Maron
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