2) Caso bem sucedido
A publicitária Maria Silveira também topou participar do tratamento. Confira: 12 de setembroVou ao laboratório colher o sangue para os exames solicitados pelo doutor Bedin. O resultado sai no dia 19 e, até lá, não há nada a fazer. 20 de setembro Pego os resultados no laboratório. Os exames acusam alterações, como o nível abaixo do normal de ferritina (um mineral) e o elevado de prolactina (um hormônio). Envio o fax ao médico. No fim da tarde, uma de suas assistentes, a doutora Fabíola, telefona para me tranqüilizar. Ela diz que a prolactina está elevada. Mas não há com o que me preocupar, pois a variação pode ser causada por estresse. Já a deficiência de ferritina tem de ser atacada. No começo da próxima semana deve ficar pronto o resultado da biópsia do meu couro cabeludo e então receberei uma prescrição de medicamento. 3 de outubro Finalmente sai o resultado da biópsia. Segundo a doutora Fabíola, ele comprova a suspeita do doutor Bedin, indicando que no meu caso a causa da queda é androgenética. Segundo a médica, o medicamento indicado, à base de flutamida, bloqueia a ação dos hormônios masculinos no couro cabeludo, que estão provocando a queda. Acho que o combate ao problema será mais difícil do que imaginava... 4 de outubro Mando aviar a receita. 8 de outubro Começo a tomar as medicações. São duas fórmulas. A flutamida deve ser tomada após o café da manhã e o jantar. O composto vitamínico, durante as principais refeições. Na composição estão ferro e zinco quelados, cisteína, piridoxina, biotina e Serenoa repens, entre outros. Como a flutamida está associada à má formação fetal, sou informada de que não devo engravidar nos próximos meses. 15 de outubro Está fazendo uma semana de tratamento. Desde ontem sinto muita sede, não sei se por causa do medicamento ou do calor. 18 de outubro Meu cabelo não está tão ressecado. Está longe de estar uma seda, mas definitivamente está mais macio. A queda reduziu. Caem uns fios quando os penteio após lavá-los. 21 de outubro Tenho me sentido enjoada, principalmente no início da noite. Não sei se tem a ver com o tratamento ou com o calor. 22 de outubro Corto as pontas dos cabelos. Estou enjoada hoje. Deve ser o remédio. 29 de outubro O cabelo pára de cair e continua macio. A pele de meu rosto está um veludo (a substância também é usada em tratamentos de acne...) Os enjôos se concentram no fim da tarde e começo da noite. 7 de novembro Os remédios acabaram ontem. Tenho consulta com o doutor Bedin na próxima terça, dia 12. Vamos ver o que ele acha. 2a consulta: médico muda medicação 12 de novembro O médico acha que meu cabelo melhorou, mas devo tomar as fórmulas por uns seis meses. Confirma que os enjôos, as tonturas e a sede que senti foram efeito da flutamida. Ele me pergunta se não senti dor de estômago, comum nesses casos. Recebo nova receita: a flutamida continua na mesma dosagem, mas há alterações no complexo vitamínico. 15 de novembro Começo a tomar os remédios. Agora tomo flutamida às 6h30 e 18h30 e a outra fórmula às refeições. 19 de novembro Os enjôos e tonturas recomeçam. Mas continuo firme e forte. 26 de novembro O mal-estar diminui. 3 de dezembro Meu cabelo parece mais cheio. Muitos fios novos surgem nas têmporas e na testa. Como as falhas estão disfarçadas, abandono as faixas que tampavam a parte superior da cabeça e volto a usar tiaras. 3a consulta: a caminho de um final feliz 10 de dezembro Retorno ao doutor Bedin. Ele acha que meu cabelo melhorou e não altera as fórmulas. O médico diz que às vezes é necessário um ano de tratamento para conseguir um resultado satisfatório. Também adianta que, se não obtivermos a resposta esperada em um ano, será o caso de partir para uma solução radical, como um transplante. Essa é a resposta direta que sempre esperei ouvir de um médico, mas que nunca havia recebido até agora.
Monica Martínez / Especial para o Terra
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