Eles são anfíbios, pulam por aí, perdem a cauda na idade adulta e têm sempre veneno, em maior ou menor grau. Mais conhecidos como sapos, rãs e perecas, esses grupos de animais compõem a ordem Anura, com cerca de 5, 6 mil espécies catalogadas – e 804 delas estão no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Herpetologia (SBH).
Outro ponto em comum entre os anuros é que, além do veneno, muitas espécies têm uma estratégia de defesa no mínimo esquisita: a liberação emergencial do conteúdo de sua bexiga, quando se veem ameaçados, em forma de jatos de urina.
As semelhanças entre esses animais geram muita confusão, lembram os pesquisadores Carlos Jared e Marta Antoniazzi, do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Butantan, em São Paulo. Especialistas em anfíbios, eles afirmam que é comum que as pessoas se enganem e pensem que a rã é a fêmea do sapo.
Em um livro sobre os anfíbios, eles se dedicam a explicar as diferenças entre esses anuros. As principais diferenças são:
Sapos - Representado pela família Bufonidae, o grupo é composto por animais bem volumosos e de hábitos terrestres. Geralmente apresentam a pele rugosa e mais seca em relação às rãs e pererecas. Possuem um par de protuberâncias glandulares, atrás dos olhos, conhecidas como glândulas parotoides.
Rãs - Grupo composto principalmente pelas famílias Leptodactylidae, Leiuperidae, Cycloramphidae e Ranidae, que são animais associados a ambientes úmidos ou aquáticos. Têm a pele muito lisa e úmida, apresentam dedos de ponta afilada e a sua locomoção é rápida, com saltos de grande extensão.
Pererecas - O grupo se caracteriza por apresentar discos adesivos nas pontas dos dedos, o que lhes confere a capacidade de se deslocar na vegetação ou em paredes. Em geral, possuem também a pele lisa e úmida e podem dar grandes saltos. Representado pela família Hylidae.