Duas teorias para definir a luz

No século 17, o cientista inglês Isaac Newton elaborou uma teoria segundo a qual a luz seria feita de partículas, corpúsculos que colidem contra objetos e formam as cores. A propagação em linha reta dessas partículas formaria ainda o raio de luz. A ideia rivalizava com a teoria do holandês Christiaan Huygens, cuja a qual a luz era feita de ondas que se propagavam em linha reta, mas estavam sujeitas a fenômenos de interferência (como refração e reflexão).

A teoria de Newton, segundo o professor de História da Ciência da Universidade de São Paulo (USP) Gildo Magalhães, prevaleceu durante o século 18, até que as ideias de Huygens foram retomadas no início do século 19 para aprofundar os estudos dos fenômenos de interferência. "Nessa época, houve uma inversão. A teoria preferida ficou sendo a de que a luz é onda", analisa o professor.

Mas a história não acabou por aí. No século 20, com o surgimento da física quântica, a luz e os fenômenos passaram a ser estudados em uma escala menor, em fótons. Segundo o professor da USP, formulou-se uma teoria conciliatória, segundo a qual a luz tem um comportamento dual: é partícula e onda. Magalhães adianta que essa é a teoria preferida atualmente, embora ainda precise de aperfeiçoamento em alguns tópicos.

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