A história da data
O 1º de maio é a data escolhida na maioria dos países industrializados para comemorar o Dia do Trabalho e celebrar a figura do trabalhador. A data tem origem em uma greve operária por melhores condições de trabalho e redução de jornadas, que costumavam ser de 14 horas diárias, iniciada em 1º de maio de 1886, em Chicago, grande pólo industrial da época nos Estados Unidos.
Durante a manifestação na praça Haymarket, uma explosão no meio do protesto serviu como justificativa para a repressão policial, que acabou em mais de cem mortes e a prisão de dezenas de militantes operários. Quatro deles - Albert Parsons, August Spies, Adolf Fischer e George Engel - foram condenados à forca e executados em 11 de novembro de 1887. Ludwig Lingg, outro operário preso, suicidou-se na cela.
Este episódio, que marcou a história dos sindicatos, ficou conhecido como "Os Mártires de Chicago" e se tornou símbolo da luta trabalhista mundial. Em 1888, o Congresso da Federação do Trabalho Americano e, um ano depois, o Congresso Socialista de Paris declararam o 1º de maio como o dia internacional de luta dos trabalhadores.
Seis anos após as mortes de Chicago, em 1893, a condenação dos operários foi anulada, o Estado americano reconheceu o caráter político e arbitrário do julgamento e libertou os militantes que ainda estavam presos. O 1º de maio tornou-se feriado oficial somente no início do século 20. Até então, os sindicalistas comemoravam a data de forma simbólica.
Clarissa Olivares/Redação Terra
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