O governo do Rio Grande do Sul e o PT estão no foco das duas principais investigações feitas na CPI da Segurança Pública da
Assembléia Legislativa.
O governo é investigado por supostamente não reprimir o jogo
do bicho em troca de apoio financeiro. Já o partido estaria usando o Clube de Seguros da
Cidadania para arrecadar dinheiro ilegalmente. Diógenes de Oliveira, presidente do Clube, é um dos principais investigados.
Fundado por dirigentes do PT para arrecadar fundos para programas sociais através da venda de cotas de seguros, o Clube de Seguros da Cidadania teria utilizado quase todos os recursos arrecadados na compra de um edifício de dois andares, na Avenida Farrapos. O prédio, comprado por R$ 310 mil em julho de 1998, foi emprestado, em regime de comodato, ao PT para ser usado como Comitê Central do Partido no Estado. De acordo com documentos levantados pela CPI, outros R$ 80 mil arrecadados por meio de doações foram utilizados na reforma do prédio.
O relator da CPI, o deputado Vieira da Cunha (PDT) acusou o PT de usar o Clube de Seguros como entidade de fachada para burlar a legislação eleitoral, que impede que sindicatos e associações façam doações a partidos políticos.
O chefe da Casa Civil, Flávio Koutzii, rebateu a acusação e afirmou que a CPI da Segurança está desviando o foco da investigação com o único objetivo de atingir a administração do PT. Ele afirmou não haver qualquer procedência nas acusações de que a sede estadual do partido, em Porto Alegre, foi construída com doações de bicheiros. "Essa tese ficou totalmente enfraquecida depois que os próprios empresários confirmaram as doações", disse.
Redação
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