Nos anos 50, Cuba era um dos países mais prósperos da América Latina. Os Estados Unidos tinham uma relação íntima com a ilha caribenha, e os cubanos consumiam avidamente produtos norte-americanos. Havia pouco analfabetismo, a taxa de crescimento da população estava controlada e a classe média era numerosa.
Setores como mineração, acuçareiro, turismo e jogo atraiam investimentos norte-americanos e um clima de crescimento pairava sobre o país. Mas a riqueza estava mal distribuída: Havana, a capital cubana, tinha hotéis de luxo, cassinos e arranha-céus, contrastando com as condições de vida no campo.
Para os EUA, a posição geográfica de Cuba, em frente ao Canal do Panamá e muito perto de seu território, era militarmente estratégica. Até os anos 50, os EUA ocupavam a base naval de Guantánamo, no lado oriental da ilha. Mas um forte sentimento anti-americano, gerado pela pobreza, fome e desemprego entre os camponeses, começou a se desenvolver na população. Na literatura, na cultura em geral e na política, tudo era nacionalista.