Três físicos que "fizeram átomos cantarem" - segundo cietistas suecos - ganharam o Prêmio Nobel de Física de 2001 na terça-feira, por congelarem a matéria em um novo estado, que poderia ajudar na produção de computadores microscópicos e revolucionar a orientação de aeronaves.
Os norte-americanos Eric Cornell e Carl Wieman e o alemão Wolfgang Ketterle dividem o prêmio de US$ 1 milhão por criarem uma forma da matéria que é extremamente pura e coerente, da mesma maneira como os raios laser são um tipo puro de luz. "Os vencedores do Nobel deste ano foram bem-sucedidos - eles fizeram os átomos 'cantarem em uníssono' - ao descobrir um novo estado da matéria", disse em um comunicado a Academia Real de Ciências da Suécia.
A tecnologia desenvolvida por eles pode criar lasers de átomos que podem, no futuro, ajudar a projetar circuitos de computadores microscópicos muitas vezes menores que os já existentes hoje, permitindo a construção de equipamentos extremamente rápidos, compactos e potentes. Os lasers de átomos também poderiam permitir sistemas de orientação e medidores de gravidade mais exatos, identificando a posição de aviões e do espaço aéreo com precisão de centímetros.
Cornell, de 39 anos, trabalha no Instituto Nacional de Padrões e Tecnologias dos Estados Unidos em Boulder, Colorado. Ketterle, de 43, trabalha no Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT), e Wieman, 50, na Universidade do Colorado.