Oposicionistas e partidários

Pela primeira vez em sua vida Augusto Pinochet será julgado. A justiça chilena deverá averiguar se ele foi responsável pela Caravana da Morte. Mas não é só o nome do ex-ditador que se destaca em seu julgamento, tanto os advogados responsáveis pela acusação, quanto os responsáveis pela defesa, fazem parte de um destacado grupo de profissionais.

A Defesa de Pinochet
A defesa de Pinochet reuniu uma equipe jurídica integrada pelo seguinte grupo de advgados:

Ricardo Rivadeneira (foto à direita): Advogado penal litigante da defesa do general Augusto Pinochet. Integrou por mais de trinta anos o Conselho de Defesa do Estado (CDE) e representou o Fisco em numerosas causas como o conflito do cobre entre o governo e a Unidade Popular. Em 1993 participou como dirigente para buscar uma solução para a causa dos direitos humanos no país.

Pablo Rodríguez: Advogado civil de ampla trajetória. Foi uma das figuras mais fortes da defesa do General. No principio seu nome foi cogitado para ser o advogado litigiante, mas a idéia foi deixada de lado devido a seu delicado estado de saúde depois de um acidente caseiro e também porque é um especialista em causas civis e não penais como Rivadeneira.

Miguel Alex Schweitzer(foto à esquerda): Começou sua carreira no escritório criado há 30 anos por Carlos Vicuña Fuentes e seu avô Daniel Schweitzer. Em 1966, asumiu como professor na Universidade do Chile. Foi membro e diretor do departamento de Direito Penal. Em 1974, colaborou com o Exército em matéria multilateral e assistiu assembléias gerais da ONU e da OEA. Assessorou o embaixador Sergio Diez, e ocupou o mesmo cargo na Inglaterra durante três anos. Foi o advogado assessor da intervenção do Banco Osorno, do diário El Mercurio e de Sebastián Piñera em famoso caso de espionagem telefônica, entre outros.

Hernán Felipe Errázuriz: Estudou Direito na Universidade Católica. Em 1974 foi chefe dos advogados do Banco Central, e um ano mais tarde, vice-presidente dessa entidade. Foi ministro de de Minérios em 1981. Um ano depois foi empossado como secretário geral de governo civil do regime militar. Em 1984 iniciou sua carreira como diplomata na embaixada do Chile nos Estados Unidos. Em 1988 voltou ao Chile para assumir o ministério do Relações Exteriores. Em 1990 deixou a diplomacia e se dedicou a exercer a advocacia e trabalhar no Instituto Libertade e Desenvolvimento. Seu regresso ao cenário político aconteceu quando foi nomeado um dos advogados de Pinochet em Londres.

A equipe jurídica do ex General é integrada ainda por Marco Cariola e José María Eyzaguirre. Além disso. foram pedidas assessorias juridicas em matérias penais especifícas a advogados como Miguel Otero, Hugo Ortiz de Filippi e Waldo Ortúzar, marido da ex-senadora nomeada Olga Feliú, que assumiu a defensa de Pinochet durante a acusação constitucional em 1998.

A equipe de acusação
O time de advogados de acusação é integrado por Juan Bustos, Carmen Hertz, Alfonso Insunza, Hugo Gutiérrez, Irán Villagra e Eduardo Contreras, além do Conselho de Defesa do Estado, através de sua presidente Clara Szczaranski.

Alfonso Insunza Bascuñan: Formou-se na Universidade do Chile em 1970 e se atuou como advogado da Vicaría da Solidaridade entre 1976 e 1992. Insunza faz parte da Associação de Advogados de Presos Políticos entre 1987 e 1990. Um dos casos mais representativos deste profissional é o processo da morte do diplomata espanhol, Carmelo Soria, assassinado pela DINA (polícia secreta chilena, subordinada diretamente a Pinochet), em 1976. Além disto, Insunza é um dos advogados que representam a família de Benito Tapia, um dos detidos e desaparecidos no caso da Caravana da Morte, ocorrido em Copiapó em 1973.

Carmen Hertz (foto à esquerda): Esta advogada é especialista na defesa dos casos de violação dos Direitos Humanos durante o Governo Militar. Seu envolvimento com a causa começou porque seu marido, o advogado e jornalista, Carlos Berguer, foi uma das 12 pessoas que morreram em outubro 1973, no caso da Caravana da Morte. Carmen Hertz foi a primeira advogada a processar o ex-general Sergio Arellano Satrk, em 1985.

Eduardo Contreras: Advogado do Partido Comunista, foi o primeiro a apresentar um processo contra o general Pinochet. Foi subdiretor do diário El Siglo, e advogado da Vicaría da Solidaridade. Já durante sua época de estudante na Universidade do Chile, se caracterizou por sua vinculação com a esquerda. Grande parte de sua carreira foi dedicada a defesa das famílias dos presos desaparecidos durante o Regime Militar, que iniciou no dia 11 de setembro de 1973.

Juan Bustos: Advogado da Universidade do Chile. Doutor em Direito pela Universidade de Bonn, na Alemanha. Desde 1968, é professor titular de direito penal na Universidade do Chile. Desde 1982, é catedrático titular da Universidade autônoma de Barcelona. É autor de vários livros de direito penal.

Clara Szczaranski (foto à direita): É formada em ciências jurídicas e sociais pela Universidade do Chile (1972). Se especializou em ciências penais e criminologia na Universidade de Roma, Itália, 1979, onde foi assessora da comissão nacional interministerial contra a delinquência juvenil italiana, e assessora para asuntos penais e penitenciários do governo nacional da UMBRÍA; membro da comissão interministerial da Itália contra o crime organizado; membro do comitê restrito da comissão interministerial contra o crime organizado e professora convidada de direito penal da Universidade L.U.I.S.S de Roma. No Chile, foi Diretora e assessora jurídica da reitoria e de CIADE da Universidade do Chile. Além disto foi advogada conselheira do Conselho de Defesa do Estado e Presidente do Conselho de Defesa do Estado.

Hugo Gutiérrez Gálvez: Concluiu o curso de direito na Faculdade de Leis da Universidade de Concepción. Como advogado, participou ativamente na defesa das famílias dos presos desaparecidos depois de setembro de 1973. É pós-graduado em Direito Tributário e atualmente - além de ser um dos advogados de acusão no caso da suspensão da imunidade Pinochet - é professor na Universidade ARCIS. Trabalha desde 1989 na Corporação de Defesa Pública (Codepu), paralelamente atua no escritório de Fabiola Letelier & Asociados. Participa também do Consultório de Direitos Humanos da Corporação de assistência Juridica e é integrante da Associação Americana de juristas.

Boris Paredes Bustos: Advogado da Universidade do Chile. Junto a Gutiérrez e Villagra faz parte da equipe que pediu a suspensão da imunidade do ex-senador vitalício. É professor das cátedras de direito civil e comercial na Universidade ARCIS. Foi funcionário de Codepu entre 1990 e 1995, onde se destacou em diversas áreas relativas à defesa e promoção dos direitos humanos no Chile. Junto aos outros advogados que defendem as famílias dos presos desaparecidos está apresentando uma série de processos contra o ex-Presidente da República Augusto Pinochet, por violações dos direitos humanos.

Hiriam Villagra Castro: Titulado de Leis da Universidade do Chile, é especialista em direito constitucional e penal. Atualmente é professor da Universidade de Atacama e da República. É funcionário do Governo Regional Metropolitano, e membro do capítulo chileno dos defensores do Povo. Como membro do escritório de advocacia de Fabiola Letelier - irmã do diplomata assassinado em Washington - trabalha ativamente em uma série de casos relacionados com atentados contra os direitos humanos durante o Regime Militar chileno.





          VIDEOS
Ambiente do lado de fora da Fundação Pinochet
(23-08-00)


Opinião de manifestantes pró Pinochet
(23-08-00)



Retirada da imunidade do senador vitalício
(08/08/00)



Apoio de partidários do ex ditador
(08/08/00)


Os advogados de defesa apelam
(09/06/00)


          IMAGENS


Faça dowload do RealPlayer.

Copyright© 1996 - 2003 Terra Networks, S.A.. Todos os direitos reservados. All rights reserved.