Os atentados terroristas de 11 de setembro confira a cronologia do que aconteceu, considerados os mais graves da história, mudaram os Estados Unidos. Além de afetar a política e a economia, os ataques também imprimiram o medo no país. Depois que quatro aviões de passageiros foram seqüestrados e usados como mísseis por terroristas islâmicos, os norte-americanos passaram a conviver com a desconfiança de que a guerra poderia estar mais perto do que se pensava.
As 9h45 (horário de Brasília) do dia 11, o Vôo 11 da American Airlines - que havia partido de Boston com destino a Los Angeles - se chocou contra a torre norte do World Trade Center (veja fotos), em Nova York. Quinze minutos mais tarde, o vôo 175 da United Airlines, que também iria de Boston a Los Angeles, bateu contra a torre sul do complexo. O choque, aliado ao incêndio causado pelo combustível de aviação, causou um colapso (veja o infográfico) na estrutura dos prédios. Às 11h30 da manhã, as duas torres desabaram (reveja as imagens), causando a morte de quase 3 mil pessoas.
Um terceiro avião, o vôo 77 da American Airlines de Washington D.C. com destino a Los Angeles, foi lançado sobre o Pentágono (veja as fotos), sede da Defesa norte-americana, por volta das 10h40. Por fim, às 11 da manhã, o vôo 93 da United Airlines - que saíra de Nova Jersey com destino a São Francisco - caiu perto de Pittsburgh, na Pensilvânia. O que ocorreu neste vôo ainda é um mistério para os investigadores. A hipótese mais aceita é de que os passageiros tenham tentado impedir os pilotos de chegar ao próvável destino: a Casa Branca, em Washington. Diversos passageiros que estavam nos aviões ligaram de celulares para parentes relatando o que acontecia.
Os acusados
As investigações posteriores mostraram que os atentados haviam sido cometidos por terroristas suicidas de origem árabe. O plano havia sido cuidadosamente planejado: eles entraram legalmente no país, buscaram aulas de defesa pessoal e de pilotagem com pelo menos 1 ano de antecedência. Para evitar que informações vazassem, somente quatro homens conheciam exatamente o que iria acontecer. Eles seqüestrariam quatro aviões comerciais de empresas norte-americanas usando facas, gás de pimenta e gás lacrimogêneo para dominar os pilotos e, então, os lançariam contra os principais símbolos norte-americanos.
As autoridades dos Estados Unidos apontaram o saudita Osama Bin Laden, líder da rede terrorista Al-Qaeda, como o mentor intelectual do golpe. Bin Laden, que já era procurado pelos EUA sob acusação de ter planejado os atentados contra o destroyer USS Cole e as embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, foi alçado à posição de inimigo nº 1 do país. O terrorista, que usava o Afeganistão como base para suas operações, nunca assumiu diretamente o ataque de setembro, mas apareceu em vídeos, de autenticidade questionada, comemorando os atentados.
A vida depois dos atentados
"Até setembro, acreditávamos que éramos virtualmente invulneráveis ante a brutalidade do terrorismo. Vivíamos envoltos na segurança econômica e na paz de nossa terra", disse Oliver White, um veterano das guerras da Coréia e Vietnã. Seu depoimento resume o que passou pela cabeça da maioria das pessoas que assistiram às imagens dos ataques. A sensação de paz e segurança caiu junto com as torres.
Desde esse dia, o país ficou em permanente estado de alerta ante o perigo de novos ataques. Sua economia, que já estava em plena desaceleração, foi especialmente danificada. Na perseguição aos terroristas, os norte-americanos tiveram que se resignar a perder muitas de suas liberdades e as barreiras ficaram mais altas para muitos imigrantes que pretendiam entrar no país em busca de melhores horizontes. "Os ataques foram um chamado de alerta para muitos de nós que acreditávamos que éramos simpáticos para todo o mundo. Em muitos casos nos damos conta de que talvez nos excedemos ao meter os narizes onde não devemos", assinalou White.
O impacto do 11 de setembro também foi psicológico. Muitos norte-americanos reconsideraram suas prioridades de vida. "Sem dúvida, os acontecimentos de 11 de setembro tiveram um impacto real na saúde mental deste país", disse Russ Newman, diretor de Prática Profissional da Associação Norte-americana de Psicologia. Mas ele advertiu que o estudo também demonstra que os norte-americanos são muito flexíveis e resistentes, e que pouco a pouco estão recuperando-se da tragédia.
Redação Terra/EFE