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 Os termos da Guerra
O dicionário do conflito entre EUA e Afeganistão

Segunda-feira, 26 de novembro de 2001
Este é um guia das palavras mais escutadas e escritas durante o desenvolvimento da invasão norte-americana sobre território afegão em busca de Osama Bin Laden.

Aliança do Norte: Coalizão de diferentes facções afegãs opostas ao regime talibã e que foi criada no mesmo ano da vitória deste, em 1996.

Al-Jazeera ou a Ilha: Cadeia de televisão de língua árabe do Qatar. Fundada há cinco anos para ser a primeira fonte de noticias do mundo muçulmano. Com correspondentes em todos os países islâmicos, tem uma audiência calculada em 100 milhões de pessoas. A tradução de seu nome quer dizer A Ilha.

Al-Qaeda ou a Rede: Organização fundamentalista islâmica liderada por Osama Bin Laden. Segundo os EUA., foi criada em 1988 durante a guerra do Afeganistão contra a invasão soviética e entre seus objetivos estariam os atentados contra interesses norte-americanos. A organização é acusada de vários atentados, entre eles os do dia 11 de setembro último contra as Torres Gêmeas e o Pentágono.

Amir-Ul-Momineen: Título islâmico que significa "chefe dos fiéis". O líder supremo do Talibã, o mulá Mohammed Omar ostenta este título.

Burca: Manto que cobre as mulheres da cabeça aos pés, com apenas uma tela na altura dos olhos. A burca foi imposta pelos talibãs tão logo estes tomaram o governo. Em um primeiro momento ela serviria para proteger as mulheres de estupros em um país sem lei depois de muitos anos de guerra civil. Entretanto, mesmo com uma situação melhor, as mulheres continuaram sendo impedidas de sair a rua sem a vestimenta.

Fatwa: Sentença jurídica religiosa islâmica que, entre outras coisas, pode condenar a infidelidade ao Alcorão. Só pode ser promulgada pelos ulemás. Em alguns casos, como o do escritor Salmán Rushdie, que escreveu o livro Versos satânicos, a sentença pode ser a pena de morte. Osama Bin Laden recebeu uma fatwa dos ulemás afegãos na qual se pedia que ele deixasse o Afeganistão por vontade própria.

Hamas: Grupo radical que surgiu em 1987 para defender a implantação de um Estado palestino. O chefe espiritual do movimento é o xeque Ahmed Yasín. Junto com a Jihad islâmica se opõe às negociações do líder palestino Yaser Arafat com Israel porque não reconhece legítimo o Estado judeu "nas terras sagradas do Islã".

Herat: Cidade do noroeste do Afeganistão.

Hezbolá: Significa Partido de Deus. Grupo radical xiíta fundado no Líbano em 1982 durante a guerra civil deste país para criar uma república islâmica. Sua "ideologia" se resume em um forte sentimento anti-israelense e anti-ocidental. O grupo recebe apoio econômico e político do Irã. ISI (Inter Services Intelligence): Serviço de inteligência do Paquistão. É considerado o órgão com maior conhecimento sobre o Afeganistão.

Islamabad: Capital do Paquistão.

Jalalabad: Cidade do noroeste do Afeganistão, próxima ao Paquistão.

Jan: Antes era um "chefe tribal pashtun". Agora, é um nome tribal.

Jihad: Segundo a definição da escola teológica islâmica, é a luta interna e externa pela conversão em um bom muçulmano. A luta contra o infiel também pode designar a guerra santa que livra os muçulmanos da "cruzada judeu-cristã", defende e expande o Islã.
A Jihad Islâmica é um grupo extremista egípcio. Ativo desde os anos 70, que luta para derrotar o atual governo egípcio e substituí-lo por uma república islâmica. Não se conhece com exatidão a fonte de seus recursos. Osama Bin Laden seria seu líder mais conhecido.

Jirga: Conselho de chefes tribais ou de uma tribo completa para tratar assuntos políticos e legais.

Cabul: A capital do Afeganistão.

Kalasnikov: Fuzil de origem soviética, é a arma mais usada nos conflitos no Afeganistão.

Kandahar: Cidade do sul do Afeganistão, último reduto e "capital espiritual" dos talibãs. Ali residiria o líder supremo talibã, o mulá Mohammed Omar.

Loya Jirga: Grande Conselho. A reunião tradicional dos chefes tribais, ulemás e outros representantes para eleger um novo rei afegão. Também é o principal órgão legislativo do país. Madrassa ou Madrassah: Escolas islâmicas onde se preparam os estudantes do Alcorão. Nas madrassas paquistanesas estudaram a maioria dos talibãs que tomaram o poder no Afeganistão. Mazar-i-Sharif: Cidade do norte do Afeganistão. Foi ocupada pela Aliança do Norte no dia 9 de novembro.

Mohammed Omar: Líder do Movimento Talibã.

Movimiento Islámico do Uzbequistão (MIU): Coalizão de grupos, cujo objetivo é o estabelecimento de um Estado islâmico na antiga república soviética. Desde a represália contra o Afeganistão encabeçada pelos EUA pelos ataques terroristas de 11 de setembro são aliados dos talibãs em solo afegão.

Mulá: Líder religioso que dirige uma mesquita. Sua liderança é determinada de maneira tradicional, mas apenas na parte asiática do Islã, já que o mundo árabe não reconhece os mulás. Também se pode escrever "mullah".

Muyahidin: Guerreiros que integram a Assembléia de Combatentes Islâmicos que vivem a jihad e tornam-se mártires com a morte. Somam milhares de ativistas, incluído numerosos veteranos da guerra afegã, e dispõem de um variado arsenal que contém fuzis, morteiros e foguetes. (Não tem plural).

Osama Bin Laden: Multimilionário saudita, a quem os EUA responsabilizam pelos atentados em Nova York e Washington de 11 de setembro último, entre outros.

Pashtuns: Também chamada Patane, é a etnia mais numerosa do Afeganistão e representa 42% da população. Entretanto, se agrupada com outras tribos menores e aliadas, chega a 60% dos afegãos. Em sua maioria os pashtuns vivem no sul e no leste. Foi uma das tribos mais guerreiras do território e a base para a origem do regime Talibã e suas duras leis contra as mulheres e a diversão. O pashtun também é um dialeto persa.

Ramadã: Nono mês do calendário muçulmano, chamado jejum religioso. A festa comemora um dos fundamentos do Islã: a revelação do Alcorão ao profeta Maomé. Durante o Ramadã, que começou este ano no dia 17 de novembro, os muçulmanos devem abster-se de comer e beber, assim como evitar qualquer contato sexual, desde o amanhecer até o pôr-do-sol, durante todo o mês.

Talibã: Vem da palavra persa "telebeh", que se traduz como "buscador da verdade", esta mesma palavra pode ser traduzida como "estudantes do Alcorão". O Movimento Talibã é uma milícia islâmica que surgiu em setembro de 1994 recrutando egressos das escolas do Alcorão no Paquistão e no Afeganistão (a maioria da etnia Pashtun).

Tadjques: Segundo grupo tribal em importância no território afegão, representa 28% da população. Provém da antiga população persa. Está agrupado na cidade de Herat, na fronteira com o Tadjiquistão. Seu grande representante é o ex-líder da Aliança do Norte, Ahmed Shah Masud, assassinado pelos talibãs no último dia 14 de setembro.

Ulemás: São juízes da lei corânica, os únicos habilitados para balizar os valores e a moral do Islã. Suas decisões são conhecidas como fatwa.

Ummah: A comunidade de todos os muçulmanos do mundo islâmico.

Uzbeques: Terceiro grupo (junto com os Hazaras) no Afeganistão. Atualmente a maioria de seus chefes tribais é aliada dos tadjiques, contra os talibãs.

Redação Terra Argentina


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