O Islã atual se divide em várias famílias, sendo que as duas principais são os sunitas, que representam quase 90% do total de fiéis, e os xiitas, cerca de 10%. A divisão se deve a uma questão de linhagem e de clãs, que remonta a época da morte de Maomé. Nesta época, os muçulmanos se dividiram entre os partidários de Alí, que era primo e genro do profeta, e o clã de Aícha, mulher de Maomé, e de Moawiya, governador de Damasco e chefe dos omayadas.
Lutando pelo poder, os sunitas venceram e os xiitas foram obrigados a se render. Esta oposição histórica tem se caracterizado por conflitos de extrema violência e explica as divergências contemporâneas, como por exemplo entre os talibãs, integristas sunitas, e os integristas iranianos, que são xiitas.
Outras divisões apareceram no curso da história entre os xiitas, por exemplo, os zaiditas do Iêmen, os drusos do Líbano, Síria e Israel, os alauitas ou nosairitas da Síria, os ismaelitas, etc. Entre os sunitas se manifestam vários sistemas jurídicos, e quatro escolas se dividem na direção da ortodoxia islâmica: os hanefitas, os malaquitas, os chafeítas e os hanbalitas, cuja doutrina ultraconservadora agradou os wahabitas da Arábia Saudita, que lhe deram um importante impulso.