A Jihad Islâmica e o Hamas são movimentos palestinos que se opõem de maneira mais radical a Israel, país contra o qual lançam operações suicidas. As duas organizações surgiram nos anos 80, mas a Jihad Islâmica precedeu o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Criada em 1980 e de inspiração pró-iraniana, a Jihad Islâmica foi a primeira organização integrista palestina a se envolver na luta armada. Está indiretamente vinculada à origem da primeira Intifada (1987-1993). A morte de quatro de seus membros no dia 6 de abril de 1987, em uma emboscada israelense, provocou a primeira onda de violência entre palestinos e israelenses.
Enquanto a Jihad é uma pequena organização militar, o Hamas se apóia em uma rede de ajuda social e obras beneficentes. Violentamente contrário aos acordos de paz de Oslo de 1993, assim como a Jihad, o Hamas pretende continuar seu combate até a criação do Estado islâmico em toda a Palestina, incluindo Israel. Seu braço armado, o grupo Ezzedin al Qassam, é responsável pelos atentados mais sangrentos dos últimos anos.
Em fevereiro e março de 1996, o Hamas perpetrou três dos quatro atentados suicidas que causaram mais de 50 mortos em Israel, contribuindo para um bloqueio do processo de paz e para o retorno da direita nacionalista ao poder. No âmbito político, Hamas é o principal movimento de oposição à Autoridade Palestina do presidente Yasser Arafat.