Avesso ao “sensacionalismo” da imprensa em torno da morte do guerrilheiro, o governo emitiu nota no dia 19/09/1971 apresentando Lamarca como “um homem frustrado e visivelmente recalcado, (...) prevalecendo seu traço predominantemente de depressão acentuada e profunda introspecção. Obstinado, fanático, reacionário e agressivo, incapaz de dialogar ou aceitar sugestões de mudanças no que planejava, mesmo reconhecendo a possibilidade de desastre decorrente”, discorria o texto, que acrescentava que Lamarca era um “traidor nato, sempre burlando e trapaceando seus mais íntimos amigos”. As publicações sobre Lamarca seriam encerradas por determinação do presidente da República porque as referências ao opositor favoreceriam “a criação de mito ou deturpação, propiciando imagem de mártir que prejudicará interesses da segurança nacional”.
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