Com a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, o vice-presidente, João Goulart, corria risco de não assumir a presidência da República. A partir do Rio Grande do Sul, a campanha da Legalidade liderada pelo governador gaúcho, Leonel Brizola, conseguiu barrar o golpe, mobilizando a população e uma parte das Forças Armadas.
A reação popular surpreendeu os golpistas, que durante 12 dias mantiveram o movimento pró-Jango, apesar das ameaças de guerra civil. Com a requisição da principal emissora de rádio do Estado à época e a transmissão exclusiva de programação sobre a campanha, Brizola transformou-se em unanimidade. Os adversários políticos só foram criticá-lo depois do movimento, que acabou quando Goulart aceitou a solução parlamentarista negociada entre os militares e o Congresso.
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