Após aceitar o parlamentarismo, João Goulart seguiu para Brasília, onde tomou posse no dia 7 de setembro. A instabilidade marcou o governo de Goulart, que oscilou constantemente entre um posicionamento de centro e a adoção de posturas mais radicais até se decidir pela segunda.
Os grupos conservadores que sempre se opuseram ao presidente continuavam conspirando, e as entidades sindicais e estudantis exigiam as reformas de base. Os sindicalistas promoviam greves, a população estava insatisfeita com o alto custo de vida, os conservadores o acusavam de comunista e as relações com os Estados Unidos ficavam cada vez mais tensas.
No dia 31 de março de 1964, os militares e lideranças políticas executaram o golpe e depuseram o presidente. Jango não reagiu. Viajou para o Rio Grande do Sul, onde Brizola tentou em vão organizar uma resistência. Ambos exilaram-se no Uruguai. Pelos 21 anos seguintes, o Brasil viveu sob ditadura.
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