O choque do jato Legacy com o Boeing da Gol, em 29 de setembro de 2006, que resultou na morte das 154 pessoas a bordo do último, levou a Força Aérea Brasileira (FAB) a mudar alguns procedimentos para evitar tragédias semelhantes. A sequência de erros que causou o acidente passou pela falha de comunicação entre os controladores de voo brasileiros e os pilotos do jato, ambos americanos, que, não tendo entendido as instruções, teriam colocado a aeronave em rota de colisão com o 1907. Por isso, a FAB passou a matricular os controladores em um curso de inglês.
Outra medida foi a instalação de um tipo de alarme sonoro e visual nas telas dos radares dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas), para alertar os controladores de voo em caso de desaparecimento do número do transponder que identifica um avião. Transponder é um equipamento que aciona um sistema anticolisão e desvia o avião de qualquer alvo sólido. O do Legacy estava desligado no dia da batida. Por fim, foi providenciada uma mudança no software utilizado pelos controladores, que passaria a indicar, na tela, a altitude efetiva da aeronave. O fato de, não entendendo as ordens da torre, o piloto do jato ter mantido a altura de voo em vez de mudá-la, foi um dos fatores que levou à colisão.
Data: 29 de setembro de 2006
Número de mortos: 154
O que mudou: Curso de inglês para controladores e alarme sonoro no desligamento de transponder