O cárcere privado de Eloá trouxe à tona outro crime: o pai da adolescente, Everaldo Pereira dos Santos, era foragido havia 18 anos, acusado da morte de um delegado e seu motorista, em Alagoas. O homem se apresentava como Aldo José da Silva e foi reconhecido quando apareceu na televisão sendo carregado em uma maca, em função de uma crise de hipertensão durante o cárcere da filha. Apesar disso, ele conseguiu fugir de São Paulo após a morte de Eloá.
Ex-cabo da Polícia Militar de Alagoas, Santos seria integrante da Gangue Fardada, organização criminosa que agia na década de 90. Em 1991, ele teria participado da morte do delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador Ronaldo Lessa, e seu motorista, Antenor Carlota. Dois anos depois, Santos se mudou para São Paulo e passou a usar nome falso.
Um ano após a morte de Eloá, Santos foi condenado à revelia pela Justiça alagoana a 33 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado. No mês seguinte, ele foi preso em Maceió (AL), após denúncia anônima.
foto: Adriano Lima/Futura Press