Candidato, Juca Chaves sonha em ser vice-presidente: "ser vice é bom até na cama"


Você já se aventurou na política outras vezes, como em 2006, quando foi candidato ao Senado pelo PSDC baiano. O que o levou a se lançar desta vez?
Eu não quero ser um político na política. Satirizei a política durante 55 anos que tenho de carreira. Fui um deputado sem nunca ter sido, porque cobrei honestidade e é isso o que deve fazer um parlamentar. Acontece que eu queria ser um menestrel na corte. A ideia é trabalhar durante a semana e quando chegar na sexta-feira eu faço uma música, uma pequena sátira, uma marchinha, para eu cantar o que aconteceu durante a semana. E cantarei a verdade, porque um menestrel sempre fala a verdade. Doa a quem doar (risos). Além disso, serei um deputado honesto porque estarei sem meias e sem cuecas, o que já é uma virtude.

E como foi da outra vez que se lançou?
Foi uma brincadeira que fizeram na Bahia. Tinha até música: “Desta vez baiana gente, baiano de toda cor, o seu voto inteligente, com justiça com amor. Não será voto comprado se tivermos no Senado, com humor bem afinado, Juca chaves senador”. Isso me deu mais de 20 mil votos nas ultimas três semanas antes do dia da votação. Entrei de brincadeira, não gastei nenhum tostão, nem santinho eu tinha.
Hoje estou um pouco cansado da carreira de menestrel girando os teatros do Brasil. Não há mais teatro que eu não tenha feito. Tenho 70 anos e quero um gran finale. Quantos anos eu ainda posso ter para viver com tesão? Quanto vai me custar em Viagra? Eu preciso fazer alguma coisa e provar que estava certo em tudo que critiquei. E mostrar que posso fazer melhor, porque se não puder, eu saio.

Juca Chaves se lança na política pela segunda vez. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
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