Candidato, Juca Chaves sonha em ser vice-presidente: "ser vice é bom até na cama"


Isso é uma promessa?
É um compromisso. Ser estilingue é fácil, mas ser vidraça é difícil. E quero passar a ser vidraça. Assim como nosso presidente, que começou estilingue e mudou sua postura depois. E quero ser vidraça, mas também estilingue nas horas vagas. O menestrel pode bombardear com inteligência. Como Voltaire dizia, uma boa piada destrói um rei. Mas eu também ajudei a construir muitos reis. Como as músicas para o Juscelino Kubitschek, que o tornaram muito mais querido pelo povo e marcaram época nos anos 60. Apesar de uma delas, “Mudança de Destino”, ter me custado a saída do Brasil. Mas foi divertido porque eu satirizava o que realmente aconteceu. Tenho hoje 80 sátiras políticas gravadas. Dois terços foram proibidos e depois liberados com mandado de segurança.

Como foi nesse período da ditadura?
Foi gostoso. Eu satirizava, proibiam e eu liberava. Nunca tive medo de enfrentar. Não sou um cara que precisa tirar barreira e o goleiro para marcar o gol. Eu chuto com barreira e três goleiros. O bacana é isso: driblar toda a oposição. Isso é ser livre.

O cantor no jeito clássico de se apresentar: sem sapatos. Foto: Arquivo Pessoal
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