Com o depoimento de apenas três testemunhas, o segundo dia do julgamento foi marcado pelas fotos do corpo de Isabella exibidas aos jurados. Na mais longa e importante oitiva da terça-feira, com cerca de 4 horas de duração, a delegada Renata Pontes disse estar 100% convicta da culpa do casal na morte da menina e descartou a hipótese de uma terceira pessoa na cena do crime. Para o advogado da defesa, a delegada confundiu os jurados em dois pontos: ao dizer que existia sangue de Isabella no local do crime e ao declarar que havia manchas de vômito na camisa de Alexandre.
Segunda testemunha ouvida, o médico-legista Paulo Sergio Tieppo Alves, do Instituto Médico Legal, foi quem mostrou aos jurados imagens do corpo da menina morta em 2008. As imagens, como da bochecha da menina, foram exibidas para demonstrar que a vítima se mordeu ao ser esganada. Incomodada, a avó materna da garota, Rosa de Oliveira, deixou a sala do júri. No último depoimento do dia, o perito baiano Luiz Eduardo Carvalho Dórea apenas contestou um exame de perícia paralelo encomendado pela defesa logo após o crime.
O promotor Francisco Cembranelli usou ainda uma maquete do apartamento do edifício London, onde estava Isabella na noite do crime. Em outro momento marcante, o juiz Maurício Fossen interrompeu a fala do advogado Roberto Podval por ter chamado o réu Alexandre de "vítima". Para o magistrado, a "única vítima estava morta naquele momento". Sentados lado a lado e sem algemas, o casal Alexandre e Anna Carolina permaneceu apático e apresentou uma aparência cansada. Os dois deixaram o fórum por volta das 20h10 - mais de 12 horas depois de chegarem ao local.