Depois de dois anos de mistério, a causa da queda do avião Airbus A330 da Air France pode ser finalmente elucidada. As duas caixas-pretas da aeronave foram encontradas e recolhidas a cerca de 4 mil m de profundidade do Oceano Atlântico pelo robô Remora 6000, da empresa americana Phoenix International. Em seu primeiro mergulho nas buscas do voo AF 447, a máquina, guiada por técnicos a bordo do navio Ile de Sein, achou o chassi do equipamento que grava os dados. Nos dias seguintes, o Remora resgatou as duas caixas e passou a auxiliar no resgate dos corpos. O robô tem tradição em buscar peças perdidas no fundo de oceanos e, há mais de 10 anos, participa de missões que incluem a captura de restos de mísseis, aviões e submarinos.
O Remora mapeou ainda, em junho de 2000, os restos de um avião da Força Aérea israelense que caiu no mar Mediterrâneo em março do mesmo ano. Foram mais de 200 horas de operação para a Phoenix identificar e resgatar os pedaços da aeronave, que estava a 1 mil m de profundidade. O caça era pilotado pelo neto do ex-primeiro ministro de Israel Menachem Begin.
No fundo do mar, o Remora ainda mapeou os escombros, identificou peça por peça e recuperou componentes em estado mais crítico, o que ajudou os militares a apurar as causas do acidente.