Tecnologia no fundo do mar

Depois de dois anos de mistério, a causa da queda do avião Airbus A330 da Air France pode ser finalmente elucidada. As duas caixas-pretas da aeronave foram encontradas e recolhidas a cerca de 4 mil m de profundidade do Oceano Atlântico pelo robô Remora 6000, da empresa americana Phoenix International. Em seu primeiro mergulho nas buscas do voo AF 447, a máquina, guiada por técnicos a bordo do navio Ile de Sein, achou o chassi do equipamento que grava os dados. Nos dias seguintes, o Remora resgatou as duas caixas e passou a auxiliar no resgate dos corpos. O robô tem tradição em buscar peças perdidas no fundo de oceanos e, há mais de 10 anos, participa de missões que incluem a captura de restos de mísseis, aviões e submarinos.

Avião ATR 72

Em setembro de 2005, um avião tunisiano caiu na costa da Sicília, na Itália, com 39 pessoas a bordo. O piloto tentou realizar um pouso de emergência após constatar uma perda de força nos motores, mas não conseguiu chegar à pista, colidindo com o mar Mediterrâneo. Apesar da gravidade do acidente, 23 pessoas sobreviveram.

As peças ficaram perdidas no mar. O Remora 6000 foi acionado. Partindo da ilha do Chipre, a operação atrás dos destroços - que incluíam os registros de voz da cabine - durou oito dias até ser concluída. O material foi achado a 1.450 m de profundidade.