Movido
pelo instinto que o habita, o repórter, muito antes de imaginar
sê-lo, percebe as coisas que o motivam, aprende antes de tudo a
escutar e ver. Possa você, uma vez terminada a matéria, ferida de
esperança nessa terra sofrida, ser pela matéria edificada, e ter
encontrado de fato novos ideais que aos seus se juntem. Ricardo
Almeida
Ricardo, você
conseguiu traduzir em palavras meu real sentimento. Obrigada pelo
e-mail sensível e um abraço.
Meus
parabéns pela reportagem sobre a Amazônia, pelas notícias
que você coloca na página e a atuação do Greenpeace na preservação
da floresta. Eu só gostaria de saber até quando o Greenpeace pretende
ficar na Amazônia, e se tem algum protesto agendado para ocorrer.
Daniel Dalsoto
Daniel, o navio
Amazon Guardian fica na Amazônia até o fim de junho,
retornando então para a Europa. Mas essa expedição
pelos rios do Amazonas e do Pará é apenas o começo
da campanha que o Greenpeace está realizando. Segundo coordenadores
da entidade, o programa pela preservação da Amazônia
será desenvolvido por, pelo menos, 15 anos no Brasil. Para
isso, eles estão montando um novo escritório em Manaus,
além do que já possuem em São Paulo. Quanto
aos protestos, não há uma agenda pré-definida,
mas eles estão sempre divulgando as ações na
imprensa. Obrigada pela participação.
Eu
sou de Carauari-AM, mas estou morando em Santarém-PA. Tenho acompanhado
pela Internet a Expedição do Greenpeace na Amazônia e gostaria de
parabenizá-los pelo importante trabalho em defesa de nosso meio
ambiente e, em especial pelo seu trabalho que também é ilustrado
por fotografias, que faz a diferença para se documentar uma denúncia,
como no caso do transporte ilegal de madeira.... Sinto muitas saudades
de minha pequena Carauari, pois apesar de viver na mesma região,
no Pará há muitas diferenças em relação ao Amazonas. E, com certeza,
o bucolismo de minha cidade não pode ser encontrado em outro da
mesma forma. Parabéns. Belo trabalho. Mirian Pinheiro
Mirian, Carauari
também me encantou, principalmente as crianças da cidade, que ficaram
ao nosso lado o tempo todo que estivemos por lá. Obrigada pelo e-mail.
Gostaria
de parabenizar a expedição do Greenpeace pelo sucesso. Cristina,
este carregamento de madeira estava sendo levado para onde exatamente?
Aguardo sua resposta, um forte abraço.
Marcelo Alves Sobrinho
Marcelo, de acordo com o Ibama, o carregamento de madeira ilegal
pertencia a Ercival Lobo, que é fornecedor das madeireiras Carolina
(da Malásia) e Compensa (da China), instaladas em Itacoatiara e
Manaus, respectivamente. Portanto, as toras estavam sendo transportadas
para essas duas cidades. Um abraço.
Em primeiro lugar, gostaria de parabenizá-la pelo belíssimo trabalho
que vem realizando. Como vc está vivendo a realidade amazônica todos
os dias, gostaria de perguntar o seguinte: A população indígena
remanescente combate ou ajuda a exploração madeireira e o tráfico
de animais silvestres? Pergunto isso porque já vi algumas reportagens
informando que tribos indígenas estavam se beneficiando do comércio
ilegal de madeira e animais. Um abraço e boa sorte! Cleber Jacob
Cleber
Particularmente, não cheguei a ter contato com tribos de índios
aqui na Amazônia nessa expedição. Mas conversando com pessoas locais
e também com representantes do Greenpeace - que estiveram em comunidades
indígenas antes de eu embarcar no Amazon Guardian - percebo que
dificilmente uma tribo indígena como um todo se envolve na exploração
de madeira e no tráfico de animais. Os índios que já fizeram contato
com os brancos parecem ter consciência de que contribuir para esse
tipo de trabalho seria também colaborar para o fim do meio ambiente
onde estão suas aldeias. Os que ainda não foram muito visitados
pelos brancos são ainda mais radicais porque não querem influência,
não querem abrir mão de suas culturas. O que acontece é que há tribos
que, talvez pelo próprio contato com o homem branco, acabaram perdendo
sua identidade. Muitos desses índios já não vivem mais em suas comunidades
de origem e acabaram se mudando para cidades ou povoados. No caso
deles, acredito que possam, assim como qualquer outro morador da
cidade, se envolver com a exploração madeireira e com o tráfico
de animais pela simples razão de conseguir dinheiro para sobreviver.
Claro que podemos dizer que o dinheiro não justificaria, mas a pobreza
nessa região é assustadora. A renda média de uma família é de R$
30 a R$ 50 por mês. Por isso, na minha opinião, o combate a essas
atividades ilegais é muito importante, mas elas continuarão sempre
existindo enquanto não houver um plano de desenvolvimento econômico
sustentado na região, o que poderá evitar que um homem local venda
um papagaio, por exemplo, para por comida no prato de sua família.
Obrigada pelo apoio.
Parabéns pela reportagem sobre a Amazônia e a atuação do Greenpeace
na preservação da floresta. Considero que os brasileiros deveriam
ter a liderança no cuidado com a floresta e seus povos... Precisamos
muito de reportagens bem elaboradas como a sua para percebermos
como estamos todos de braços cruzados! Atenciosamente.
Euclydes Trovato
Euclydes, em primeiro lugar, obrigada. Concordo com você que
os brasileiros têm de ter a liderança em assuntos relativos à conservação
de seu próprio meio ambiente, mas acho que o fato de o Greenpeace
estar fazendo essa ação na Amazônia não quer dizer que eles estejam
liderando o assunto. Há muitos grupos nacionais de proteção ao meio
ambiente trabalhando duro também. A diferença é que talvez não tenham
o dinheiro suficiente pra fazer uma campanha tão grande como essa
do Greenpeace, que envolve muito investimento em infraestrutura.
Mas, voltando a concordar com você, há, por outro lado, muita gente
de braço cruzado. Não quero dizer que as pessoas precisem se filiar
a entidades não-governamentais de proteção ao meio ambiente para
contribuírem. Acho que pequenas atitudes como cuidado com o lixo
e evitar a compra de produtos fabricados com madeira ilegal, por
exemplo, já podem ajudar muito a preservação do nosso meio ambiente.
Um grande abraço
... aqui no Rio Grande do Sul, mais precisamente região nordeste
(município de Vacaria), existe uma reserva (uma das maiores) de
araucária, já tombada. Precisamos de colaboração para manter este
projeto. São aproximadamente 400 hectares de araucária. Os donos
desta área já tinham acordo fechado com madeireiros para cortá-la
. Nós impedimos e junto com o governo do estado conseguimos tombá-la.
Eles (Espólio) ainda insistem em vendê-la. Vamos segurar o que ainda
nos resta. Aqui do sul saudações!!!!
Fernando Borsoi
Fernando, parabéns pelo trabalho. Isso mostra que não é preciso
estar engajado em grandes campanhas internacionais para trabalhar
pela proteção do meio ambiente. Cuidar do nosso meio ambiente local
é o primeiro passo. Continue na batalha.
Gostaria de saber quem financia o Greenpeace. Eu tenho quase
a certeza de que é financiado pelos países do grupo G8, para deixar
os países pobres mais pobres ainda. Por que o Greenpeace não aparece
aqui no Canadá, quando sei que estão desmatando a mata daqui. É
aquela história de rico para pobre: Nós(ricos) podemos (desmatar).
Voces(pobres) não pode. É claro que não concordo como desmatamento
que está ocorrendo na Amazônia,mas o que me deixa indignado é o
Greenpeace só ir nos países pobres . Como o Brasil e a Índia. Aqui
no Canadá, as pessoas podem cortar as arvores à vontade, e não vi
ninguém do Greenpeace fazendo barulho por isso...
Jorge Tsukahara
Jorge, o Greenpeace sobrevive de doações de pessoa física de
fundações em todo o mundo. A entidade não aceita, por exemplo, doações
feitas por empresas ou governos. As ações não são feitas somente
em países pobres. Eles têm programas em diversos países ricos como
Japão, Alemanha, Estados Unidos e Canadá também. Para te dar uma
idéia, a campanha de proteção à floresta temperada no Canadá já
tem cerca de seis anos. Um abraço.
Espero que você esteja aproveitando este lugar maravilhoso que
é a Amazônia. Achei maravilhoso este trabalho do Greenpeace de denunciar
o extrativismo ilegal e do provedor Terra oferecer o acompanhamento
desta expedição através de sua repórter... Gostaria se possível,
que você questionasse os membros do Greenpeace se existe da parte
deles uma preocupação com a poluição eletromagnética e quais as
medidas por eles adotadas no sentido de minimizar os males provocados
por este tipo invisível de poluição. Parabéns ao Greenpeace pelo
trabalho e a você por nos dar a oportunidade de acompanhá-los.
Antonio do Carmo Ferreira
Antonio, conversei com representantes do Greenpeace no Brasil
e no exterior e eles me informaram que não há no momento nenhuma
campanha da entidade sobre poluição eletromagnética. Mas você pode
acompanhar no site deles as novas campanhas que são sempre anunciadas.
Obrigada pela força.
Em primeiro lugar quero felicitar esta brilhante de idéia de
acompanhar uma expedição que se bate por uma causa justa: a preservação
da Grande Amazônia, tão importante para os brasileiros como para
qualquer cidadão do mundo que quer respirar ar puro e ter uma vida
saudável como eu, que escrevo estas linhas a partir de África, mais
concretamente de Angola onde nasci. Sou jornalista da Rádio Nacional
de Angola, e é óbvio que o meu interesse pelas questões ambientais
e da vida seja bastante aguçado. Queria que me respondesse a uma
questão como jornalista e brasileira: será que os apelos, as denúncias
de personalidades e organizações como o Greenpeace em relação aos
problemas ambientais do mundo e particularmente sobre o desmatamento
da Amazônia terão influência no comportamento daqueles que se enriquecem
com a exploração desmedida dos recursos naturais? Encorajo-lhe a
continuar nesta missão, e espero que nos comuniquemos proximamente.
Sebastião Lino
Caro Sebastião,
falando especificamente dessa campanha do Greenpeace na Amazônia,
é claro que é um pouco cedo para medir resultados, uma vez que o
projeto é ainda recente e deve durar, pelo menos, mais dez anos.
Mas, na minha opinião, uma campanha como essa tem força para promover
algumas mudanças na cadeia produtiva por um fundamental aspecto:
ela tem o poder de comover a opinião pública. Se as indústrias intermediárias
e os consumidores passassem a exigir um certificado de origem dos
produtos florestais que adquirem, por exemplo, o índice de produção
ilegal de madeira cairia drasticamente. É claro que ações como essas
dependem do governo, da iniciativa privada e da sociedade, mas acho
válido que uma organização não- governamental como o Greenpeace
esteja, no mínimo, pondo holofotes sobre o real problema. Um abraço.
Já que
andas pela minha amada Amazônia, se fores para as bandas da cidade
de Barcelos, onde se encontra a maioria dos peixes utilizados como
ornamentais no mundo todo, dê uma olhada no quanto de peixes são
coletados indiscriminadamente da natureza e morrem aos montes. Não
existe programa que garanta o repovoamento desses peixinhos exóticos
nos rios da Amazônia. O trabalho dos coletores, a mando dos "exportadores
de peixes ornamentais" é só retirar e retirar e retirar da natureza!!
Mas tome cuidado, eles costumam ameaçar quem resolve bisbilhotar!!
Boa viagem, bom trabalho e divirta-se! Aproveite pra tomar banho
de rio e comer Jaraqui (um peixe). "Quem come jaraqui, não sai mais
daí!"
Andréa Costa
Andréa, a expedição
não vai passar por Barcelos, mas confesso que fiquei curiosa sobre
o Jaraqui. Acho que vai ter de ficar para uma próxima vez. Obrigada
pela força.
Oi Cristina!
Tenho 11 anos e gostei muito do trabalho que o Greenpeace está realizando
aí na Amazônia. Espero que os guerreiros do arco-íris consigam
realizar todas as atividades previstas, afinal é tudo em prol da
natureza. Boa sorte Greenpeace!
Alex M. Moraes
Parabéns por,
aos 11 anos, já se preocupar com a natureza!
As informações
em sua primeira reportagem em que cita que na Amazônia "é um outro
planeta, com suas regras e padrões próprios", ou em outro trecho
dizendo que "Ali as regras eram outras", mostram o seu total desconhecimento
da cidade de Manaus e do Amazonas. Dizer que não existem atrações
culturais em Manaus nos finais de semana (será que você está mesmo
em Manaus?) mostra que você já veio totalmente perdida de São Paulo.
Para nós, São Paulo é que é outro planeta... Espero que nas próximas
páginas de seu "diário", você deixe um pouco a discriminação de
lado, e tenha um pouco de humildade, porque a partir de agora, você
está perto da natureza, está mais próxima de Deus.
Jorge Lima Manaus - Amazonas
Jorge, tenho
certeza que Manaus e São Paulo são "planetas" bem diferentes, com
regras e padrões próprios. Não acho que uma ou outra cidade tenha
padrões certos ou errados, simplesmente são diferentes e foi isso
que deixei claro no meu texto. Em nenhum momento eu me referi a
Manaus com desprezo. Se tive de passar um "fim de semana obrigatório
em Manaus" foi porque isso realmente não estava nos planos e não
que eu não tivesse vontade de conhecer a cidade, muito pelo contrário.
Como escrevi no texto, "não posso dizer que não tenha sido agradável
passar um fim de semana em Manaus, mas teria sido bem melhor se
as atrações turísticas da cidade estivessem abertas aos domingos".
E isso não foi mentira. Com exceção do Mercado Municipal, os demais
pontos turísticos da cidade como o Teatro Municipal e museus, por
exemplo, estavam fechados. Quanto a estar mais perto ou mais longe
de Deus na Amazônia ou em São Paulo, isso já é um ponto de vista
muito pessoal. Obrigada por participar.
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