De 20% a 25% das gestações são abortadas expontaneamente nos 3 primeiros meses de gestação. Isto se deve a diversas causas mas, de um modo geral, são de origem cromossômica, ou seja, formam-se embriões que, do ponto de vista genético, são imcompativeis com a vida e a própria "natureza" acaba eliminando-os, como uma "seleção natural".

O fato de uma mulher ter tido um abortamento expontâneo nos 3 primeiros meses de gestação não quer dizer que não possa engravidar novamente. A curetagem uterina é realizada quando o feto não é eliminado total (aborto retido) ou parcialmente (aborto incompleto).

Nos casos de eliminação total do feto, com uma ecografia pélvica posterior demonstrando cavidade uterina vazia, não há encessidade de se fazer uma curetagem uterina.

Quando uma mulher apresenta 3 ou mais abortamentos de 1º trimestre consecutivos, chamamos esta situação de abortamento de repetição. Esta paciente precisará fazer uma investigação mais apurada com exames laboratoriais, ecográficos, radiológicos ou até cirurgicos, como é o caso da laparoscopia. As causas de abortamento de repetição são variadas, como a endometriose ou causas orgânicas, genéticas, infecciosas ou hormonais.

Hugo Joaquim

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