Você assumiu sua homossexualidade publicamente no Big Brother. Se eleito, você pretende lidar com as causas dos homossexuais?
Minha causa é bem maior que isso. Eu defendo sempre a causa dos direitos humanos. A minha bandeira é a luta pela educação de qualidade, saúde para o povo e justiça social pelos direitos humanos. A causa LGBT entra numa causa maior que é a defesa dos direitos humanos e das liberdades individuais. Nesse sentido, a minha causa é muito colorida, para usar uma palavra da moda. É colorida porque está ligada a várias frentes de defesa da dignidade humana.
Você falou que entrou no Big Brother para fazer um estudo. Esse estudo saiu?
Não, eu estou terminando. Doutorado não se conclui assim não. Está acontecendo, eu estudo na UFF, a Federal Fluminense. Eu vou ter que parar agora, porque, por causa da campanha, eu vou ter que parar de dar aula. Eu dou aula em três universidades e vou ter que parar. Eu não tenho a conclusão do estudo, mas posso te dar resultados parciais.
Ficamos curiosos. Como entrar no Big Brother te ajudou?
É um estudo sobre consumo, mas o consumo de ideias no produto televisivo. Entrar no Big Brother foi importante porque me ajudou a entender a dimensão de fazer o programa. Há uma ideia geral de que o BBB emburrece, mas esse não é o meu ponto de vista. Eu quero mostrar que o programa em muitas vezes foi politizado. Em muitos momentos ele tratou de questões relevantes, como a questão da mulher, a questão racial.