Religiosidade e
história marcam visita
à Ucrânia

É quase impossível visitar a Ucrânia e sua capital sem que se passe algumas horas boquiaberto com a magnificência de seus espetaculares templos monásticos, igrejas ortodoxas e monastérios. Um dos pontos altos de qualquer estadia em Kiev é a visita às cavernas do Monastério de Lavra, onde monges reverenciados pela igreja ortodoxa estão expostos mumificados em caixões de vidro atraindo milhares de peregrinos e devotos.

No centro da cidade, o Monastério de São Miguel, com suas paredes azuis e domos azulados é um dos grandes marcos da cidade. Construído a partir de 1108, o monastério de mais de 900 anos ainda funciona plenamente. O complexo bizantino da Catedral de Santa Sofia a poucos metros do monastério é ainda mais antigo – sua construção começou em 1017. É possível subir a torre dos sinos da catedral para uma visão deslumbrante de Kiev.

As preciosidades religiosas da capital estão também refletidas na Igreja Ortodoxa de Santo André, uma construção de cúpulas verdes com pequenas gotas de ouro enfeitando suas laterais.

A história religiosa da Ucrânia toma contornos um tanto sombrios na visita obrigatória à ravina de Babyn Yar. O local, aparentemente um parque com um desnível profundo, é onde os nazistas massacraram e enterraram mais de 100 mil judeus ucranianos entre 1941 e 1943, deixando as vítimas enterradas em valas comuns no local. Uma placa em iídiche, hebraico, ucraniano, russo e inglês relembra os mortos da tragédia.

Muito da história de Kiev se confunde com a expansão da Igreja Ortodoxa e a ascensão soviética, mas para um passeio que remeta às origens da cidade vá direto ao Portão Dourado. Partes da estrutura de madeira e pedra datam do século V, sendo o resquício mais antigo da fundação de Kiev. O portão dava entrada à antiga cidade fundada por quatro irmãos e que originaram a capital. O local se tornou um museu e é possível ver estátuas dos irmãos e de outros personagens históricos ao seu redor.

Foto: Getty Images