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CURAÇAU

Curaçau dá boas-vindas em todos os sotaques

Monica Zarattini/AE
Praia de Seaquarium, uma das mais agitadas
Na chegada, a primeira expressão que o visitante escuta é "bon biní"- bem-vindo a Curaçau. Ao acordar, "bon dia", e, em seguida, o cumprimento "kon te bai?" Embora a língua oficial seja o holandês, os nativos usam no dia-a-dia o papiamento, uma interessante mistura de holandês, espanhol, português, inglês, francês e alguns idiomas africanos. Ele é ensinado como a língua secundária nas escolas e é usado num dos jornais locais, o La Prensa.

Com os visitantes, entretanto, os simpáticos moradores se esforçam para não deixar escapar uma conversa, que sai a gosto do freguês: inglês, espanhol, holandês... O bom humor dos curaçolenhos, aliás, é de contagiar até os mais carrancudos. Para comemorar aniversário, por exemplo, eles costumam alugar um ônibus e circular uma hora pelo centro da cidade, movidos a muita música.

Percorrendo as ruas da capital - onde vive metade dos 170 mil habitantes da ilha - ou passeando em qualquer uma das praias, estão, além dos nativos, os europeus (holandeses, na maioria). Louros, de olhos claros e pele bem avermelhada pelo sol quente.

Curaçau, como as outras Antilhas, apesar de ter um governo autônomo, faz parte do Reino da Holanda. Embora ela tenha deixado de ser colônia em 1954, o governador-geral é nomeado pela rainha Beatriz, da Holanda, e há também um representante para cuidar da defesa, da política externa e dos investimentos econômicos. Curiosamente, em 1993, num plebiscito em que poderiam optar por serem independentes, 75% dos curaçolenhos não aceitaram.

Antes de a Holanda tomar posse, entretanto, a ilha foi alvo de muita disputa. Descoberta pelo espanhol Alonso de Ojeda em 1499, entraram na briga também a França e a Inglaterra. O motivo naquela época não era por se tratar de um pedacinho do paraíso que todos os mortais desejam, mas por ser ponto comercial estratégico entre a Europa e a América.

Quintal da Holanda - Não há dúvidas de que os holandeses a consideram um quintal de seu país. Tanto que o movimento da Europa para o Caribe não é só para passar férias. Muitos resolvem estender a estada. Aert Wolters, de 44 anos, é um dos holandeses que já residem na ilha. Mudou-se com a mulher Sandra Wolters, de 41 anos, para ficar três anos. "Temos muitos amigos que moram aqui.

Viemos pela qualidade de vida, pelo tempo bom e também porque recebi uma oferta boa de trabalho." O filho do casal, Ross, de 5 anos, irá estudar numa escola holandesa. "Aqui é uma parte da Holanda, só que com melhor qualidade de vida." Para se ter uma idéia, ele irá trabalhar das 7h às 15h e, depois, vai direto para sua praia predileta, Kenepa.

Os curaçolenhos, por sua vez, são cidadãos holandeses e circulam livremente pela União Européia. Nos últimos anos, mais de 7 mil nativos mudaram-se para a Holanda, atraídos pela forte economia de lá, tanto para trabalhar como para estudar.

Mas isso não significa que a situação econômica na ilha não seja boa. Pode ser um pouco inferior ao padrão da Holanda, porém, para nós, brasileiros, já chama a atenção. A renda per capita é de US$ 8,5 mil anuais. Uma professora primária, por exemplo, fatura US$ 1.700 por mês.

Por que Curaçau? - A história do nome "Curaçau" também é bastante interessante. Alguns marinheiros teriam se curado de escorbuto durante sua estada na ilha, e acabaram deixando o nome de "isla de curacion". Outra hipótese é que o termo tenha vindo de comerciantes portugueses, que a consideravam o "coração" da região. E a última teoria remete a origem a uma homenagem ao Sagrado Coração de Maria.

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Jornal da Tarde

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