Turismo não sustenta a economia
Monica Zarattini/AE
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Alto-astral dos nativos, como o instrutor de mergulho Sylvan Pitemelle, conquista
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Engana-se quem pensa que o turismo é a principal fonte de renda de Curaçau. Antes dele vem a refinaria de petróleo Isla Royal Duth/Shell, que gera 2.500 empregos, seguida pelo setor financeiro. A ilha é um paraíso fiscal onde empresas off-shore faturam. O turismo ocupa o terceiro posto, gerando mil empregos diretos. Mas isso não quer dizer que o governo não se empenhe para atrair cada vez mais visitantes. Mais de US$ 18 milhões são investidos em marketing no exterior e o principal alvo são os norte-americanos - US$ 2,5 milhões ficam nos EUA. Dos 400 mil turistas que a ilha recebe por ano, 70 mil são europeus - a maioria de holandeses, é claro, que ali permanecem mais de 20 dias, segundo o Curaçao Tourism Development. Em seguida, estão os EUA e a Venezuela. Visitantes brasileiros - Brasileiros? Eles ainda são poucos. O ano em que mais desembarcaram por lá foi 1994: 9,5 mil. Nesse período, Aruba recebeu mais que o dobro. A coordenadora de Marketing para o Brasil do Curaçao Tourism Development, Mireya Troeman, revela que depois de 1994 a viagem para lá ficou mais acessível. "Notamos que não era mais privilégio das classes A e B." Diz, ainda, que a baixa permanência dos brasileiros - cerca de uma semana - é compensada pelo alto gasto: em média US$ 198 por dia. É interessante que mais da metade dos visitantes de Curaçau, 60%, estão em algum cruzeiro que aporta na costa. A ilha conta com 1.500 quartos, com diárias de US$ 35 a US$ 250. Esse número deverá quase dobrar: mais de 1.000 quartos estão por vir, com investimentos de US$ 100 milhões. VEJA TAMBÉM: » Blue Curaçau revela cenas de um paraíso » Curaçau dá boas-vindas em todos os sotaques » Um mergulho nas 38 praias da pequena ilha » Capital de cores que parecem não ter fim » Depois do sol, happy hour e boates
Jornal da Tarde
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