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| CUBA
Uma das coisas que mais intrigam os cubanos é a baixa quantidade de brasileiros que os visitam. Ainda mais levando-se em conta que, por causa das novelas e da música brasileiras, muito populares entre os cubanos, a simpatia que eles sentem pelo Brasil e por sua população seja imensa. "Quando será que os brasileiros vêm nos visitar?" é uma frase recorrente. O Brasil nem aparece no ranking dos maiores grupos de turistas da ilha. Segundo estatísticas oficiais, dos 1,6 milhão de estrangeiros que foram à ilha no ano passado, 74% era formado por canadenses, alemães, italianos, espanhóis, franceses, ingleses, mexicanos e argentinos, nesta ordem. Isso segundo os dados oficiais, que desconsideram a presença de norte-americanos na ilha. "Sabemos que os Estados Unidos estão na frente da Argentina na tabela de emissão de turistas, mas não podemos dar esse dado por causa do embargo comercial deles", diz o vice-ministro de Turismo cubano, Juan Hernández Méndez. A constituição norte-americana prega que os cidadãos do país não podem gastar dinheiro em lugares que não tenham relações comerciais com os Estados Unidos. Uma forma eufêmica de dizer que eles estão proibidos de viajar para Cuba ou outros países não simpáticos ao Tio Sam. E as penas são pesadas para quem desobedece: multas de até US$ 250 mil e até 10 anos de prisão. Mesmo com tantas restrições, eles ganham dos argentinos. E os argentinos, por sua vez, estão na nossa frente. Ano passado, apenas 8.776 brasileiros entraram no país. O número tem caído desde 1997, mas o governo tem a esperança que, neste ano, 12 mil brazucas desembarquem em solo cubano. "Em uma década, os brasileiros vão ser mais de 90 mil por ano", aposta Méndez. LEIA MAIS: GUIA O Estado de S. Paulo |
