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1996
Governo inicia ano com 60% de aprovação

A primeira pesquisa do ano, feita pelo Ibope em março, mostrou a popularidade do presidente em alta: 60% dos brasileiros aprovavam a forma como Fernando Henrique governava o País. O índice de desaprovação ficava abaixo de um terço: 29%. Os analistas do Ibope creditavam o sucesso ao Plano Real. Embora muitos acreditassem haver problemas ainda não solucionados, a grande maioria achava que o governo iria resolvê-los em breve.

Esse clima de confiança e popularidade foi abalado com o massacre dos 19 sem-terra, em Eldorado de Carajás, no Pará, em abril. Sondagem feita pelo InformEstado mostrou que 68% dos paulistanos acreditavam que a imagem do governo tinha sido afetada pelo conflito. Para mais de 40% dos entrevistados, o massacre revelou que a tensão no campo exige mais vontade política no tratamento das questões ligadas à reforma agrária. Apenas 23,9% achavam que Fernando Henrique nada tinha a ver com as mortes dos sem-terra.

A Reforma Constitucional era empurrada e, em maio, revelava-se que as negociações para aprovação das emendas já haviam custado R$ 15,6 bilhões ao governo, com a liberação de recursos do Tesouro, aval para empréstimos, federalização de dívidas estaduais e municipais, renegociação de débitos de ruralistas e empréstimos do Proer. Previa-se que, para a conclusão da reforma, seriam necessários mais R$ 892 milhões. No final do mês, Fernando Henrique admitia, em Paris, que o desemprego tinha aumentado. Esta viagem marca o início dos rumores de uma possível reeleição de Fernando Henrique.

O segundo aniversário do Plano Real, em junho, encontrou o presidente com uma média de aprovação de 30% - em dezembro era de 41%. Mas os efeitos do Real tinha plena aprovação de 63% dos entrevistados na pesquisa nacional do Datafolha. O desemprego era apontado como o problema mais grave, seguido da saúde, a educação e a miséria. A reeleição passa a fazer parte das pesquisas: 51% eram contra.

Em meio a divergências e discussões entre Pedro Malan e José Serra, o presidente explicava que que o crescimento de 3% do PIB era perfeitamente aceitável e garantia que o câmbio iria se manter inalterado. Em dezembro, Fernando Henrique admitia claramente que não era contrário a mais um mandato.

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Acompanhe o governo de Fernando Henrique Cardoso, ano a ano:

Raio X
Os 68 meses de administração de conflitos


1999
Governo balança com crise econômica

1998
Atividade econômica cai, mas FHC se reelege

1997
Na metade do mandato, FHC já quer reeleição

1995
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1994
Uma campanha baseada na nova moeda