São Paulo - As reclamações dos torcedores com a apática postura do time e dos dirigentes do Palmeiras começaram a repercutir entre os jogadores. O goleiro Sérgio alertou que uma derrota diante do Santos, domingo, na Vila Belmiro, poderia complicar de vez a situação do time na Copa João Havelange e, dependendo da postura dos atletas na partida, a credibilidade da equipe, ainda em formação, ficaria comprometida.
Como um dos líderes do grupo, Sérgio cobrou de seus companheiros maior empenho do que o demonstrado das últimas partidas, quando o Palmeiras foi goleado por 4 a 1 para o Inter-RS e empatou com o Universidad Catolica por 1 a 1, em pleno Palestra Itália. "Poderemos perder, mas desta vez teremos de mostrar vontade em campo", exigiu o goleiro.
Para Sérgio, o atual Palmeiras tem, no papel, um time inferior ao do Santos. "Eles são os favoritos, têm o melhor elenco do futebol paulista".
Mesmo com um elenco limitado e uma fraca campanha na Copa João Havelange, tendo apenas 6 pontos, o técnico Marco Aurélio resolveu fazer mistério para poder aplacar a ira da torcida palmeirense, que vem reclamando da postura do time e dos diretores nos últimos jogos.
Assim, o técnico, sem muitas alternativas para confundir seu colega Giba, deixou em suspense a escalação de seu melhor jogador, o meia Juninho, que não treinou nesta sexta-feira por causa de uma contratura na coxa esquerda. O discurso do jogador, no entanto, era diferente. "Não sinto dores e devo começar jogando".
O supervisor de futebol, Márcio Araújo, preferiu não se pronunciar sobre uma eventual punição ao atacante Pena, que está sumido desde sábado, sem ter dado nenhuma satisfação. "Vamos esperar seu retorno para ouvir sua versão".
Já o diretor de futebol, Américo Faria, continua afirmando que o Palmeiras não irá contratar nenhum jogador com salários acima do teto de R$ 30 mil. Ele admitiu, entretanto, ter mantido contato com o Peruggia da Itália, para tentar a contratação do atacante chileno Hector Tápia. "Mas o preço do passe estava fora da nossa realidade".