Rio - O advogado de Renata Carla Moura Alves, André Luiz Anet, informou que a sua cliente deve depor na Polícia Federal na próxima semana.
Segundo ele, Renata não deve, no entanto, apresentar novidades em relação ao que já tinha explicado no primeiro depoimento, em 1997, sobre o inquérito que apura sonegação fiscal da estudante de Direito e do técnico Wanderley Luxemburgo. Ou seja, a estudante não confirmaria às acusações de que o treinador participava da negociações de jogadores. "Isso só vai ficar esclarecido no depoimento", afirmou Anet. "Se ficar comprovado que houve isso, ela vai demonstrar."
Para ele, Renata deve esclarecer alguns pontos nas informações fornecidas anteriormente. Ela pode apresentar novos documentos sobre o caso de sonegação fiscal. Anet informou que Renata vai ficar escondida até ir à PF, com o objetivo de evitar o assédio da Imprensa. "Queremos preservá-la, pois Renata deseja levar uma vida normal", disse.
O advogado de Luxemburgo, Michel Assef, disse que não teme o depoimento de Renata porque o técnico "nunca negociou jogadores". "Ele é de uma retidão de caráter indescritível." Em relação à sonegação fiscal, o técnico já admitiu que deve imposto de renda e vai ter de pagá-los. Assef ratificou que vai processar Renata e seu pai, Roberto Carlos Baptista Alves, por calúnia, injúria e difamação, baseado nas declarações dos dois à imprensa "O Luxemburgo deve entrar com todas as ações possíveis se entender que foi lesado", minimizou Anet.