Rio - O técnico da seleção uruguaia, Daniel Passarella, está sendo muito pressionado pelos clubes e pela imprensa de seu país na semana durante a qual que está preparando o time para a partida do próximo domingo, contra o Equador, em Montevidéu, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002.
Os clubes querem que ele libere alguns jogadores, enquanto os jornalistas exigem que ele monte uma equipe ideal. “Meu estado de ânimo não é dos melhores”, afirmou Passarella, dizendo que não responderia algumas perguntas durante a entrevista coletiva realizada na
manhã desta quarta-feira.
Se tenta se impor com os jornalistas, Passarella vem perdendo a batalha com os clubes. Os zagueiros Lembo e Rodrigues, do Nacional, só se apresentaram esta manhã, já que o clube enfrentou o Boca Juniors pela Copa Mercosul, na terça-feira.
Como estes atletas estavam com a seleção e foram reintegrados pelo Nacional no dia do jogo, o Peñarol exigiu o mesmo tratamento para o meia Nestor Cedrés, a fim que ele possa jogar contra o San Lorenzo, nesta quinta-feira.
Alheio aos problemas do treinador, os torcedores parecem animados com a boa campanha nas Eliminatórias e a possibilidade de disputar uma Copa do Mundo, competição que o Uruguai está afastado desde 1990. Cerca de 23 mil ingressos já foram vendidos para o jogo.
O atacante Darío Silva e o lateral-direito Washington Tais só se apresentaram nesta quarta-feira. Já os zagueiros Paolo Montero e Gonzalo Sorondo foram vetados. Além disso, o zagueiro Darío Rodríguez e o meia Fabian O'Neill estão suspensos. Passarella define o time no treino desta sexta-feira.