Belo Horizonte - O piloto mineiro Bruno Junqueira vive outro momento de difícil decisão em sua carreira, após a conquista do Campeonato Internacional de F-3000, no último sábado, na Bélgica. Junqueira recebeu propostas de equipes da Fórmula 1 e da Fórmula Indy, e ainda está muito indecisivo sobre qual categoria seguir. “As chances são iguais para as duas", afirmou o piloto, de Londres, na Inglaterra, poucos minutos antes de embarcar num vôo da Varig para o Brasil.
“Acredito que daqui a 10 dias já terei uma definição. A escolha é minha e vou escolher o que achar melhor para mim. Quero estar numa equipe que me ofereça um bom carro", disse Junqueira, que nesta quinta-feira participa de duas entrevistas coletivas no Brasil. A primeira, na sede da Petrobrás, no Rio, às 10 horas. Em seguida, viaja para Belo Horizonte, para entrevista às 15 horas, no Café Três Corações, na Savassi. “Sei que minha vida irá mudar agora, mas isso faz parte da profissão", conformou-se.
Bruno Junqueira se diz feliz e realizado, principalmente por ter vencido, ele que é de classe média, num meio elitista. “Tracei um objetivo para este ano e busquei realizá-lo. Quando cheguei na Europa, pus na cabeça que não podia voltar de mãos vazias", revelou. O piloto não tem dúvidas sobre a importância deste título para o incentivo do automobilismo mineiro. “É o primeiro título mundial de um mineiro", ressaltou Bruno, 23 anos, nascido em Belo Horizonte e filho do piloto José Junqueira.
O piloto campeão da F-3000, quarto brasileiro a conquistar o título (os outros foram Roberto Pupo Moreno, Christian Fittipaldi e Ricardo Zonta), não teve muito tempo para comemorar o título. Após receber um coquetel no motorhome da Williams, ainda no circuito de Spa-Francorchamps, com a presença de Frank Williams e Patrick Head, donos da equipe, e o dirigente Bernie Ecclestone, e ter jantado com o pai, Bruno Junqueira partiu para a Itália, onde realizou testes de F-1 no circuito de Monza.
“O carro teve muitos problemas e nem vi o tempo em que fiquei (12ª colocação), pois isso não era o mais importante. Nossa intenção não era virar rápido e sim testar novidades no câmbio e no escapamento", afirmou. Bruno Junqueira fica rá cinco dias no Brasil, para rever os familiares, especialmente a mãe Catarina e as irmãs Diana e Caroline, e depois retornará à Europa.