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Empresários faturam no São Paulo
Sexta-Feira, 01 Setembro de 2000, 02h02
Atualizada: Sexta-Feira, 01 Setembro de 2000, 02h03

São Paulo - O vexame proporcionado pelo goleiro Alencar em Assunção - mal colocado no primeiro gol e lento nos outros - é apenas um exemplo a mais das más contratações do São Paulo, um time sempre à mercê da ação de empresários. Quem levou Alencar ao clube foi Alemão, ex-jogador do São Paulo e atual responsável pelo futebol do XV de Piracicaba.

Alencar era titular do XV e foi com esse currículo que chegou ao São Paulo, que pagou US$ 600 mil pelo seu passe. Bem falante, no primeiro dia no clube, disse que sua meta era ficar com o lugar de Rogério Ceni. Depois de quarta-feira, ficou bem mais difícil. Wilson, seu companheiro de infortúnio, tem uma história mais nebulosa ainda. O São Paulo havia acertado a contratação de Émerson, da Portuguesa, atualmente na Seleção, por US$ 2,75 milhões em cinco vezes. O ex-presidente Bastos Neto impediu o negócio e ficou com Wilson, pelo mesmo preço, mas em dez prestações. Hoje, não conseguiria vendê-lo por US$ 2 milhões. Talvez o empreste, como fez com Paulão, que custou US$ 1,3 milhão.

Há outras histórias do mal que os empresários causam ao São Paulo. O desconhecido Marquinhos veio do Avaí, ficou 15 dias treinando e o empresário Juan Figer o vendeu para o Bayer Leverkusen. No currículo de Marquinhos, que o Bayer coloca na Internet, consta que ele era ex-jogador do São Paulo. O nome do clube foi usado, como havia sido nos casos de Cassiano, que parou na Rússia, e Luiz Paulo `ET', que foi para o espaço.

Ilan, outro fiasco - O último caso é Ilan, jogador que veio do Paraná Clube em uma estranha negociação. O São Paulo cedeu por empréstimo e paga o salário de Nem, Fabrício e Reinaldo. Reinaldo é o mesmo que custou US$ 2 milhões há um ano e meio. Se Ilan aprovar, o São Paulo tem o direito de comprar metade - só a metade - de seu passe, por US$ 1,8 milhão. A idéia é vendê-lo rapidamente para um time europeu, ficando com metade do dinheiro arrecadado.

A outra metade seria do Paraná. A estratégia falhou. Ilan é reserva do reserva. Levir conta apenas com Sandro Hiroshi como opção para França e Marcelo Ramos.

L!Sportpress


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