São Paulo – A Ferrari achou uma brecha nas regras da Fórmula 1 para ganhar mais potência e, de sobra, aumentar a capacidade do tanque de combustível, tendo mais flexibilidade nas estratégias de corrida. Especula-se que a “Scuderia” tenha usado gasolina refrigerada nos testes coletivos em Monza, na semana passada.
A estratéga funciona da seguinte maneira: quando resfriada, a gasolina contém mais oxigênio e se torna mais concentrada. Maior oxigenação significa um combustível mais limpo, o que melhora a combustão, podendo aumentar a potência em até 4 cavalos. A gasolina mais densa (um litro passa a ficar mais pesado) permite que a equipe coloque mais combustível no tanque, o que torna mais flexível a estratégia de paradas para reabastecimento.
A Ferrari se aproveitou de uma brecha legal para o novo artifício. O regulamento da F-1 impede que os carros contenham equipamentos para resfriar a gasolina, mas não diz nada a respeito de o combustível ser refrigerado antes do abastecimento. A equipe deve levar grandes tanques refrigeradores para o autódromo de Monza, retirando o combustível da geladeira instantes antes do abastecimento.
A artimanha, no entanto, deve ter seus dias contados, pois a Federação Interacional de Automobilismo (FIA) planeja conferir a temperatura da gasolina a partir do Grande Prêmio dos Estados Unidos, em 24 de setembro. As informações são da ITV, rede de televisão britânica, que detém direitos exclusivos de transmissão da F-1 no Reino Unido.