São Paulo - Domingo, em Monza, enquanto Mika Hakkinen, da McLaren, e Michael Schumacher, Ferrari, entram na reta final da disputa do campeonato, o Brasil estará comemorando o 28.º aniversário de seu primeiro título mundial na Fórmula 1. Foi no dia 10 de setembro de 1972 que Émerson Fittipaldi, ao vencer o GP da Itália, com Lotus, garantiu a conquista. Nos 20 anos seguintes, o País viria a se transformar na nação de melhor retrospecto na competição, ao ganhar mais sete vezes o Mundial e em quatro oportunidades ser vice.
A vantagem que Émerson abriu com os nove pontos obtidos em Monza foi tal que nem mesmo Jackie Stewart, escocês da Tyrrell, chegando em primeiro nas duas etapas finais da temporada de 1972, no Canadá e nos Estados Unidos, retirou o título do brasileiro. Não existe nenhuma dúvida de que o trabalho pioneiro de Émerson foi o responsável pela nação aprender a acordar mais cedo, aos domingos, para acompanhar as transmissões das corridas de F-1 pela TV.
Os próprios Nelson Piquet e Ayrton Senna, pilotos que vieram a ser campeões na seqüência, sempre afirmaram que enveredaram pelo automobilismo inspirados no sucesso de Émerson. Como se não bastasse, o mérito de abrir o mercado norte-americano para os brasileiros coube também ao "Rato." Em 1984 ele embarcou para os Estados Unidos para disputar a Fórmula Indy. Cinco anos mais tarde seu talento o levou ao título e hoje nada menos de dez representantes do País tentam a mesma trajetória na América.