Newcastle - Se tudo correr conforme seus planos, o holandês Pieter van den Hoogenband poderá se tornar o maior estraga-prazeres da história da natação olímpica.
O holandês voador não espera só estragar a celebração do terceiro título olímpico de Alexander Popov, mas também quer acabar com as esperanças do australiano Ian Thorpe.
Popov, de 28 anos, precisa vencer os 50 ou os 100 metros livres em Sydney para se tornar o primeiro homem da história a conquistar o mesmo título de natação em três Olimpíadas, enquanto Thorpe, atual recordista mundial dos 200 e 400 metros livres, carrega as esperanças de toda uma nação.
Van den Hoogenband quer os 50, os 100 e os 200 metros.
``Ian Thorpe é o maior talento que eu já vi'', disse Van den Hoogenband. ``E Popov, bem, ele é uma lenda. Tenho grande respeito pelo que ele conquistou'', declarou.
``Mas quando eu entrar na competição não estarei pensando sobre o que eles fizeram. Vou tentar derrotá-los.''
Quando adolescente, Van den Hoogenband ficou em nono nos 50 e em quarto nos 100 metros, atrás de Popov, nos Jogos de Atlanta em 1996. Depois disso emergiu como um legítimo concorrente para os Jogos de 2000, com seis títulos, incluindo vitórias sobre Popov nos 50 e 100 metros no campeonato europeu de 1999.
Convencido de que iria ganhar o ouro em Sydney, o nadador de 22 anos decidiu parar por um ano seus estudos de medicina para se concentrar nas Olimpíadas.
Como até hoje nenhum holandês ganhou uma medalha de ouro de natação em Olimpíadas, o público do país tem monitorado atentamente as conquistas de Van den Hoogenband.
Sua boa aparência e modéstia fizeram dele um dos esportistas mais conhecidos no país, mas as expectativas são ''altas demais'' para Sydney.
``Eles pensam que eu vou ganhar seis medalhas de ouro. Não imaginam como já é difícil ganhar uma só'', disse ele.
Seu treinador Jacco Verhaeren disse que o nadador tem feito treinos perfeitos e pode ganhar um ouro.
``Ganhamos do Popov no ano passado, então não há razão para não repetirmos a dose. Mas contra Thorpe vai ser um pouco mais difícil'', disse o treinador.
Reuters