Porto Alegre - O Grêmio tem dinheiro para contratar o centroavante Christian ou qualquer outro grande atacante. Da verba destinada pela parceira ISL para investimento em reforços, foram usados pouco mais de 30% nesta temporada.
O presidente José Alberto Guerreiro, porém, decidiu aplicar o restante dos recursos ao longo dos próximos dois anos, para que a futura diretoria não assuma com os cofres raspados.
São números oficiais. O contrato com a multinacional suíça prevê US$ 45 milhões para a aquisição de reforços. Desse total, US$ 17 milhões foram gastos na vinda de 13 jogadores, entre eles Anderson, Paulo Nunes, Zinho, Amato, Astrada, Fábio Baiano, Marinho, Nenê e Rodrigo Mendes. Restam, portanto, US$ 28 milhões. Como o passe de Christian foi fixado em US$ 15 milhões pelo Paris Saint-Germain, o Grêmio poderia contratar o ex-atacante colorado e ainda ficar com um bom dinheiro em caixa.
A torcida, porém, não deve sonhar com o desembarque de um novo craque no aeroporto Salgado Filho. Mesmo que o presidente José Alberto Guerreiro tenha confirmado recentemente que disporia de, pelo menos, US$ 8 milhões para gastar num grande centroavante.
"As coisas aqui são feitas com muita responsabilidade", afirma o vice-presidente de finanças, Martinho Faria, ressaltando que há um cronograma a ser cumprido.
Tal política reflete-se diretamente dentro de campo. O vice de futebol, Antônio Vicente Martins, não se constrangeu ontem em pedir aos repórteres que indicassem algum nome. "A coisa está braba, há poucas opções", admitiu.
Um a um, os nomes vão sendo descartados. Brasileiro que atua no Exterior custa caro. É o caso de Alex Alves, que o Hertha Berlim não libera por menos de US$ 8 milhões. Estrangeiros requerem longo tempo de adaptação. E os clubes brasileiros que possuem um matador não admitem liberá-lo.