Rio - Um dos advogado da estudante de Direito Renata Carla Moura Alves, Aralton Lima Júnior, informou que ela não vai fazer denúncias à Polícia Federal envolvendo o técnico da seleção Wanderley Luxemburgo na negociação de jogadores, como havia ameaçado por meio da imprensa.
"Chamei a minha cliente a um ponto de equilíbrio", afirmou. Lima Júnior garantiu que chegou a um acordo com o defensor o técnico, Michel Assef, para que Luxemburgo pague todas as custas judiciais e as dívidas de Renata com a Receita Federal. Assef negou esta informação.
Em contradição com as entrevista de Renata, Lima Júnior afirmou que a estudante nunca acusou o treinador da seleção de participar da compra e venda de jogadores. "Ela disse que parecia que ele exercia uma certa influência nas negociações, mas jamais foi contundente", disse. O advogado garantiu que ela não vai mais depor na Polícia Federal (PF) na sexta-feira, como estava previsto anteriormente.
Michel Assef admitiu que Lima Júnior conversou nesta quarta-feira com advogados de seu escritório, mas o desmentiu. "Houve uma tentativa de entendimento, mas não há acordo na área criminal", informou ele, acrescentando que as denúncias de participação de Luxemburgo na negociação de jogadores não foram discutidas. "Acho que está acontecendo um equívoco."
Lima Júnior garantiu que os advogados do treinador "pediram um acordo por meio do diálogo". Para ele, o acerto vai ser fechado no início da próxima semana. "Eles aceitaram arcar com todas as despesas do processo criminal", explicou ele, em referência às dívidas geradas por causa de sonegação fiscal por parte de Renata e Luxemburgo.
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou os dois na terça-feira por crime de sonegação fiscal. A juíza da 8ª Vara da Justiça Federal, Valéria Caldi Magalhães, ainda não decidiu se aceita a denúncia. Caso isto aconteça, a PF vai intimar Luxemburgo e Renata a prestarem novos depoimentos.