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Hoteleiro garante camas da Vila Olímpica
Quinta-Feira, 07 Setembro de 2000, 07h57

Sydney - "Aquele é o homem."

Lá vem Maurice Holland, o diretor-geral da Vila Olímpica, a quem todos procuram em última instância, para pedir mais camas, por exemplo. Poderão ser acrescidas 400 no total de 15.750 instaladas, diz Holland, sem nenhum desespero: "O problema maior será das próprias delegações, que terão de acomodar mais gente em menos espaço, talvez atletas com dirigentes, coisas assim. As camas, nós temos.

Em Atlanta/96 houve esse problema. A diferença é que eles não estavam preparados. Não tinham as camas sobressantes. E nós, sim. Já estavam aqui, `just in case'..."

O dirigente diz mais: "Fizemos as camas sobressalentes para poderem ser encaixadas em cima das outras, tipo beliche."

Holland já toma conta do assunto "Vila Olímpica de Sydney" há dois anos. Sua história: estava muito bem instalado como gerente do melhor resort da Austrália, em Coolum, Queensland, no Norte do país. Jogava golfe três vezes por semana. Trabalhava para o grupo Hyatt há 25 anos. Por sua experiência em hotelaria, da Indonésia ao Canadá, acabou convidado para tomar conta da cidade dos atletas do ano 2000.

"Primeiro, me pareceu interessante. Depois, pensei que teria de começar praticamente minha vida de novo, pedindo as contas no Hyatt. Mas minha filha Sarah, que tinha 20 anos, ponderou: `Pai, você não pode dizer `não'. Se fizer isso, vai se arrepender para o resto da vida'. E era verdade mesmo. Se bem que agora ela está trabalhando aqui também. Não sei se não foi por isso que ela queria que eu aceitasse...", brinca o diretor, que ainda confessa: quando viu que teria de montar toda uma "cultura", não uma estrutura, para o trabalho na Vila Olímpica, ficou assustado. Mas aos poucos foi "construindo" sua equipe. "Sinto que vou sentir muita falta quando tudo isso acabar. E nem sei o que vou fazer da minha vida depois..." (No fim, nem foi apenas a Vila Olímpica a ficar sob sua responsabilida, mas a Vila da Tecnologia, a Vila de Imprensa e também a Vila Eqüestre.)

Atrás da hotelaria Holland foi procurar gente em seu próprio ramo, a hotelaria. "É gente acostumada a situações inesperadas, a trabalho duro, a várias horas de trabalho e também ao público." Será desse pessoal -um staff de 6 mil pessoas, 40% delas pagas- a responsabilidade de tomar conta da Vila Olímpica de Sydney, mesmo que chegue a 16 mil habitantes (mais as outras Vilas).

"Claro que não vou conseguir relaxar até o fim, até acabar a Pára-Olimpíada, até sairmos em 30 de outubro. Mas estamos preparados para todo tipo de contratempo. Como nos hotéis, que tratamos com problemas como falta de quartos, gente que bebeu demais, brigas, reclamação de comida etc. Nada vai dar 100% certo, só podemos tentar que seja, mas nada vai ser perfeito. Pense só: se 10% acharem alguma coisa de errado, serão 1.600 pessoas reclamando..."

Um exemplo que Maurice Holland lembra: a questão de o pessoal da limpeza fechar ou não as casas depois de saírem. "Alguns falavam que queriam que trancasse. Outros que não, que era um absurdo, que confiavam nas pessoas. Os funcionários mudam, são turnos. Falei: todas vão ser trancadas e pronto."

Outra história do diretor-geral. "São 40 mil chaves. Dissemos para todos os chefes de delegação que será preciso pagar A$ 50 (dólar australiano) por chave perdida, para ter outra. Dissemos para alertar os atletas. É bem caro, mesmo. Por quê? Imagine quantas cópias a gente não teria de fazer. De repente mais umas 40 mil?! É para ter disciplina. Aí, alguns chefes de equipe resolveram mandar fazer cópias na cidade. Não adianta nada. O sistema é integrado, não funcionam chaves vindas de fora", conclui.

Jornal da Tarde


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