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Guerra de nervos agita natação na Austrália
Sabado, 09 Setembro de 2000, 16h53

Camberra (Austrália) - Os nadadores nem chegaram à piscina do Centro Aquático de Sydney e já estão duelando. A grande rivalidade existente entre americanos e australianos pela conquista das medalhas aflorou antes mesmo de iniciadas as competições, nas palavras trocadas pelos nadadores e que ganharam destaque na mídia toda semana, a ponto de exigir a interferência do Comitê Olímpico Australiano que pediu aos seus nadadores para não entrar nesse tipo de polêmica.

Os brasileiros ficaram analisando a polêmica de fora, até porque na avaliação de Fernando Scherer, o Xuxa, "a natação do Brasil ainda não pode se comparar". O nível alcançado pelo esporte na Austrália e nos Estados Unidos está refletido no ranking de recordes mundiais da Federação Internacional de Natação (Fina).

Os nadadores dos Estados Unidos são donos de sete recordes - sempre falando do time masculino - nos 50, 100 e 200, costas, nos 200, peito, nos 400 m, medley, e nos revezamento 4x100 m, livre e 4x100 m, medley.

A Austrália tem também sete recordes ao todo, dois deles com a sensação do momento, Ian Thorpe, nos 200 e 400 m, livre. Os australianos ainda são os mais rápidos nos 800 e 1500 m, livre, nos 50 e 100 m, borboleta e no revezamento 4x200 m. Apenas dois países "forasteiros" surgem no ranking mundial para cinco posições de norte-americanos e australianos.

Os russos têm quatro recordes, dois deles com Popov, nos 50 e 100 m, livre. Detém o melhor tempo ainda nos 100, peito, e nos 200, borboleta. O finlandês Jani Sievinen é o recordista dos 200 m, medley.

Explica-se assim a guerra de nervos. Primeiro foi o americano Gary Hall, recordista mundial com a equipe americana do revezamento 4x100 m, medalha de prata nos 100 m, livre, nos Jogos de Atlanta, em 1996. Escreveu no site da CNN que os nadadores dos Estados Unidos estavam preparados para "despedaçar" os adversários australianos como fazem com as guitarras ("smash them like guitars", foi a frase de Hall). Há alguns meses atletas norte-americanos também venderam camisetas, durante as seletivas, com a inscrição: "Cangurus - é o que temos para o jantar".

O australiano Kieren Perkins, recordista mundial dos 800 e 1500 m, livre, respondeu, diretamente à Gary Hall. Chamou o rival de "drug cheat", uma referência à suspensão do norte-americano, pela Fina, por uso de maconha. Hall foi suspenso por três meses pelo uso de uma substância que, no entanto, não tem influência na melhoria do desempenho. Mas Kieren disse que não vai pedir desculpas e Hall chegou a enviar um e-mail para o jornal australiano que publicou a declaração de Perkins, dizendo que nunca será um "trapaceiro", o significado da palavra cheat, em inglês.

Hall afirmou que não queria ofender a comunidade australiana da natação e que, apesar de ser tratado como um "bad boy" (garoto ruim) pela imprensa australiana, tudo não passou de um mal-entendido.

Agência Estado


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