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Após os Jogos, atenção especial às nadadoras brasileiras
Sexta-Feira, 08 Setembro de 2000, 17h08

Canberra - Um programa para desenvolver a natação feminina, no próximo ciclo olímpico, pós-Sydney e até os Jogos de Atenas, em 2004. O desafio da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) é fazer com que a geração, formada por jovens nadadoras, como Nayara Ledoux, Flávia Delarole, Rebecca Gusmão e Ana Carolina Muniz, entre outras, não troque a natação pelo casamento, estudos, o trabalho ou tenha o receio de ganhar um físico com costas largas, antes de desenvolver-se o suficiente para chegar a uma Olimpíada. Nessa delegação, Fabíola Molina, especialista no estilo costas, é a única representante feminina em um grupo de 13 nadadores.

"No próximo quadriênio temos de reservar à preparação das mulheres, para que as garotas de 15, 16 e 17 anos, que estão ganhando destaque e não têm medo de treinar e de ficar com corpo de nadadora, tenham chance de chegar à Atenas nadando bem", anunciou o presidente da CBDA, Coaracy Nunes. O dirigente prometeu reunir os técnicos e estabelecer um programa de quatro anos para a natação feminina. Coaracy também acha que ajudaria ter uma nadadora ídolo, como são Gustavo Borges ou Fernando Scherer. "É uma pena que temos tido só ídolos entre os homens e, por isso, o fato de a Fabíola estar aqui já é uma motivação muito grande."

A própria Fabíola Molina, que nada desde pequena e só foi conseguir apoio financeiro aos 22 anos, entende que sem um programa que envolva as nadadoras de todo o Brasil, a categoria feminina do esporte não se desenvolve. Vai continuar dependendo de uma ou outra representante que, com sacrifício pessoal, conseguir chegar a uma Olimpíada ou for importada, como em Atlanta - a representante nos Jogos Olímpicos de 1996 era Gabriele Rose, que vive e treina nos Estados Unidos, mas tem dupla cidadania.

Fabíola sempre nadou com o apoio financeiro dos pais, que também foram nadadores. "Fui ter patrocínio na seleção há três anos." Mas dinheiro não é tudo, na avaliação de Fabíola. A nadadora defende a adoção de um programa técnico, como o que segue nos Estados Unidos.

A nadadora passou a treinar e a estudar artes dramáticas na Universidade do Tennessee, em 1994. Depois morou em Nova York e há um ano está em Coral Springs, treinando com Michael Lohberg, técnico de Xuxa e Rogério Romero. "É preciso seguir programas que tenham base científica, que façam as meninas desenvolverem-se." Ao programa técnico, Fabíola acrescenta a necessidade de desenvolver intercâmbios com países que têm natação de ponta, participação em clínicas e competições, receitas que várias seleções já seguem. "É só observar nadadoras, como a australiana Clementine Stonye que foi terceira na Copa do Mundo de 1998, e que eu venci os 200 m, costas, e hoje, dois anos depois, seguindo um programa, melhorou muito o seu tempo e pode estar entre as finalistas olímpicas."

Agência Estado


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