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Natação vive polêmica parecida com a de Guga
Domingo, 10 Setembro de 2000, 18h36

Camberra - O presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, determinou e os nadadores cumprem à risca. Se a pergunta é formulada desconversam. Nenhum deles responde se vai usar ou não o maiô "tubarão" (o fast skin, que imita a pele do peixe). Mas é claro que daqui a seis dias, quando os nadadores subirem nos blocos de partida do Centro Aquático de Sydney para o primeiro dia do programa de provas da natação, grande parte deve estar com o maiô, nas versões macaquinho de corpo inteiro, com ou sem manga, e bermuda.

O fato vem levantando outra questão: se o equipamento melhora o desempenho, não seria como um doping? Até porque nem todos os nadadores dos países que estarão competindo em Sydney têm acesso ao produto. O dirigente da CBDA evita a divulgação do tema porque a Olympikus é a patrocinadora da entidade e não a Speedo, a fabricante do maiô que promete um ganho no desempenho dos nadadores - alega que a peça diminui o atrito da pele com a água. Ou seja, a natação vive problema semelhante ao de Guga, que quase não vai aos Jogos por problemas de conflito entre patrocinadores.

Gustavo Borges afirma que ainda "está em dúvida" sobre o maiô, mas não deixa claro se sua opção será pela clássica sunga. O técnico Reinaldo Dias acha que representantes da empresa esportiva que produz o material estarão atuando no Centro Aquático de Sydney, oferecendo a peça para os nadadores, especialmente os de ponta. A marca estará sendo oportunista ao usar a vitrine Olimpíada - estima-se que 3,5 bilhões de habitantes, em todo o planeta, vão ver os Jogos Olímpicos pela tevê - para divulgar uma suposta tecnologia que ofereceria ganho de 3% no resultado, questionado pelos treinadores e os nadadores.

Reinaldo acha que o tema deveria, inclusive, ir para uma das futuras agendas de reunião da Federação Internacional de Natação (Fina).

"Não importa se os nadadores vão apagar a marca, porque a empresa de material esportivo estará ganhando em vendas de seus produtos sem pagar nada, sem contribuir com o desenvolvimento dos atletas ou do esporte do Brasil ou de outros países, a não ser dos Estados Unidos, que patrocinam."

O treinador defende que exista uma regulamentação sobre o uso dos maiôs, que hoje já passam a ser como um equipamento. "Amanhã inventam um maiô que flutua, e um nadador ou uma seleção terá vantagem grande sobre os outros, vira Fórmula 1."

Como alternativa para divulgação de marcas nos campeonatos do calendário mundial - na Olimpíada, o espaço legal para isso é apenas 16 centímetros -, o maiô inteiriço seria indicado. Haveria espaço, diferente da mínima sunga tradicional. "Mas tem de ser disponível para todos os nadadores, ser regulamentado", insiste o técnico. A empresa vem trabalhando o marketing do maiô há alguns meses e embora os técnicos achem que ele não terá a eficiência, em termos de tempo, que se "vende", pode haver um ganho psicológico. "Assim como a raspagem, melhora a sensibilidade da pele e a reação do cérebro em relação ao corpo, mas é quase um doping."

Agência Estado


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